quarta-feira, 17 de junho de 2009

PASSES E FLUÍDOS

FLUIDOTERAPIA
INTRODUÇÃO
Fluidoterapia: Tratamento pelo fluido; tratamento através do fluido.
Esboçava Kardec em 1869 uma nova obra, desta vez sobre as re¬lações entre magnetismo e Espiritismo quando, vitimado pela ruptura de aneurisma, veio a desencarnar.
Mas desde o início da codificação, tratou em suas obras do mag¬netismo, magnetizador que fora.
Aprendemos então que Magnetismo é fluido.
Daí a propriedade que as pessoas tem de irradiar um fluido ou uma energia que pode influenciar pessoas , animais, vegetais e o meio circundante.
No passado, dois nomes se destacaram no estudo e prática do magnetismo:
* Paracelso (1490-1541) - alquimista, médico que se projetou na Idade Média, chegando a ser afastado do cargo de professor pelas suas idéias renovadoras.
* Mesmer (1733-1815) - médico alemão que, na Era Moderna, despertou importantes movimentos de apoio, curiosidade e adesão pelo tratamento das doenças através do fluido.
É importante atentarmos para o fato de que magnetismo e Espiri¬tismo são duas Ciências que se relacionam. Porém

Magnetismo Espiritismo
trabalha-se pela cura através de técnicas trabalha-se pela elevação moral da criatura
o indivíduo se habilita pelo conhecimento técnico e pelo preparo físico e mental para atuar no paciente a criatura se moraliza e procura passar para os que a cercam virtudes de que seja portadora, com o concurso dos Espíritos

Sabemos hoje que realmente existe um tipo de fluido suscetível, passível de receber impressões, modificações ou qualidades, capazes de serem transferidos de um indivíduo para o outro - o que vem explicar o mecanismo do passe.
Experiências importantes nesse campo vem demonstrando que, de fato, o homem pode, a partir da sua vontade e do propósito, beneficiar ao outro, transmitir-lhe recursos energéticos que vão contribuir para suprirem certas deficiências vitais ou promoverrm o equilíbrio energé¬tico do corpo físico e perispiritual do doente.
O PASSE
No meio espírita o passe não se restringe ao magnetismo ordiná¬rio, material, ao magnetismo propriamente dito, uma vez que sabemos que os Espíritos promovem recursos de grande valia nos processos de cura ou de alívio dos pacientes.
O passe espírita resulta, principalmente, das faculdades da alma, o corpo é instrumento da ação.Através de Allan Kardec identificamos a idéia básica, fundamen¬tal na doação da bioenergia. Vejamos:
"Apenas sua ignorância lhe faz crer na influência desta ou daquela forma." Revista Espírita [1865-pg 254]
"A Ciência até hoje só conhece as substâncias tangíveis, não compre¬ende a ação de um fluido impalpável tendo a vontade como propulsor." Revista Espírita [1868-pg 86]
"A vontade é o atributo do Espírito encarnado tanto quanto do Espírito errante, daí a potência do magnetizador, potência que sabemos estar na proporção da força da vontade." O Livro dos Médiuns [cap VIII-it 131]
"Quando se diz que um médico cura seu paciente com boas palavras es¬tamos expondo uma verdade absoluta, pois o pensamento benfazejo, traz consigo fluidos reparadores que atuam sobre o físico tanto como sobre o moral." A Gênese [cap XIV-it 20]
"São extremamente variados os efeitos da ação fluídica sobre os doentes de acordo com as circunstâncias. Algumas vezes é lenta e re¬clama tratamento prolongado no magnetismo ordinário. Doutras vezes é rápida como uma corrente elétrica. Há pessoas dotadas de tal poder que operam curas instantâneas nalguns doentes, por meio apenas da imposição das mãos ou até exclusivamente por ato da vontade." A Gênese [cap IV-it 31]
"... a fazer passes o médium curador infiltra um fluido regenerador pela simples imposição das mãos, graças ao concurso dos Espíritos, mas esse concurso só é conhecido à fé sincera e a pureza de in¬tenção." Revista Espírita [1864-pg 7]
"A faculdade de curar pela imposição das mãos tem sem dúvida alguma o princípio numa força excepcional de expansão, suscetível de ser aumentada por vários motivos, entre os quais predomina a pureza de sentimentos, desinteresse, benevolência, desejo ardente de aliviar, prece e confiança em Deus." Obras Póstumas [parte I-it 92]

Deduzimos então, pelas colocações do Codificador, que o passe espírita não precisa de técnicas sofisticadas.
O passe é a passagem de uma pessoa para outra de uma certa quantidade de energia fluídica, dependendo esta, do estado de saúde do passista e do seu grau de desenvolvimento. É dado de mente para mente. É a mente que produz fluidos bons e não as mãos mexendo de baixo para cima, de cima para baixo no doente.
Desnecessária ainda a chamada "limpeza fluídica", quando, pre¬tendendo retirar fluidos deletérios do organismo doente, o passista usa gestos de expulsão dos fluidos. Kardec elucida:
"O fluido bom expulsa o fluido ruim."
Os técnicos em magnetismo são os Espíritos. Nós somos instru¬mentos motivados pelo amor ao nosso próximo. Há, numa Casa Espírita bem organizada, toda uma equipe espiritual coordenando o trabalho da bioenergia na sala de passes.
Precisamos dar um sentido ético e uma direção segura à doação fluídica, apenas estendendo as mãos sobre a cabeça do paciente. As mãos transmitem as energias que a mente do passista fabrica e capta.
A mente age como uma antena quando recebemos os recursos do plano superior e também quando retiramos estes recursos do próprio or¬ganismo.
É importante o passista preparar-se sempre convenientemente, o mais que puder, e encarar a transmissão do passe como um ato eminente¬mente fraternal doando o que de melhor tenha em sentimento e vibração.
Espiritismo é uma doutrina essencialmente consoladora, uma dou¬trina de reeducação da alma - postula um novo caminho para o homem se elevar livre de dogmas, de rituais, de esquemas.
É necessário esclarecer o passista sobre esse "folclore", li¬vrando-o desse conjunto de crenças, lendas, costumes, formados de um aparato mágico supostamente necessário para a transmissão do passe. Embora a Doutrina Espírita seja contrária a qualquer prática desti¬tuída de fundamento, existe, no seu meio, o frequentador que, levado por condicionamento viciosos, fica aguardando passe sem qualquer reco¬nhecida necessidade para isso.
A primeira função do Espiritismo é educar. Os seus princípios convocam a alma humana à luta pelo próprio desenvolvimento moral e in¬telectual.
As propostas da Doutrina pairam acima de interesses imediatis¬tas para ao homem acenar com resoluções mais seguras e definitivas.
Ter consciência espírita significa estar se esforçando no curso de cada dia para viver em amor; meta que pode ser atingida pela auto-disciplina. Contudo, um grande número de pessoas chegam às Casas Espí¬ritas buscando a saúde do corpo. A abençoada mediunidade de cura chega ao mundo como instrumento de amparo às criaturas abatidas pelo sofri¬mento. Curar o corpo é favorecer a alma na sua caminhada terrena. Mas, à luz da Doutrina Espírita, educar é a finalidade; curar é o meio de se chegar à finalidade.
ÁGUA FLUIDA
No capítulo da fluidoterapia temos na água fluidificada outro elemento de valor. É utilizada no meio espírita como complemento do passe, tornando-se portadora de recursos medicamentosos. Há todo um manejo de fluidos modificando a água através da química mental.
"Coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações e espera e confia." Emmanuel/Chico Xavier
IRRADIAÇÃO
Na irradiação, os fluidos também têm importância real.
Léon Denis [No Invisível-cap I] observa:
"A força magnética por certos homens projetada pode de perto ou de longe fazer sentir sua influência, aliviar, curar."
PASSE A DISTÂNCIA
É uma modalidade da irradiação quando a sintonia é condição bá¬sica.
[Nos Domínios da Mediunidade-cap 17]:
"- O passe pode ser dispensado a distância?
-áSim, desde que haja sintonia entre o que recebe e o que adminis¬tra."
SESSÕES MEDIÚNICAS
Allan Kardec [Revista Espírita-ano 1866,pg 349]:
"No passe o fluido age de certo modo materialmente sob os órgãos afetados, ao passo que, na obsessão, deve agir moralmente sobre o Espírito obsessor."
Buscando o medianeiro ajuda espiritual, pois sem a assistência dos bons Espíritos fica o médium reduzido às suas próprias forças, in¬suficientes por vezes, mas, centuplicadas em poder e eficácia se uni¬das ao fluido depurado dos mensageiros de Jesus.
CONCLUSÃO
Nesse contexto todo, uma coisa é evidente e fundamental: o sentimento com que a fluidoterapia é realizada, porque este é um trabalho que jamais deverá ser feito de forma maquinal.

Regra
Princípio Segundo Allan Kardec está na evolução moral
Código
Norma


Recurso
Ajuda Segundo Allan Kardec estão no pensamento, na vontade e no amor
Socorro
Auxílio


Não podemos mais conviver com teorias estranhas à Doutrina Es¬pírita.
O passe é transmissão de energias humanas somadas com as ema¬nações divinas encontradas nos reservatórios da natureza. Sustentando-se na prece, o passista é um intermediário consciente que humilde se ergueu para Deus. Nenhum passista pode dispensar a oração ao reconhe¬cer, na prece, o benefício que ela proporciona. E a oração não tem fórmula, é vibração sincera da alma, e quanto mais sincera for maior teor vibratório alcança e mais energias soma. A essência do passe é o amor.
Herculano Pires alcança a questão com uma objetividade admirá¬vel:
"É tão simples um passe que não podemos fazer mais do que dá-lo."
"O passe é um ato de amor."
Bibliografia
1) O Livro dos Médiuns - Allan Kardec
2) Obras Póstumas - Allan Kardec
3) A Gênese - Allan Kardec
4) Passe e Passistas - Roque Jacinto
5) Obsessão - Passe - Doutrinação - Herculano Pires
6) Nos Domínios da Mediunidade - André Luiz/Chico Xavier
7) Missionários da Luz - André Luiz/Chico Xavier
8) Mecanismos da Mediunidade - André Luiz/Chico Xavier
9) Estudando a Mediunidade - Martins Peralva
A OBSESSÃO, FLUIDOTERAPIA
INTRODUÇÃO
Fluidoterapia: Tratamento pelo fluido; yratamento através do fluido.
Esboçava Kardec em 1869 uma nova obra, desta vez sobre as re¬lações entre magnetismo e Espiritismo quando, vitimado pela ruptura de aneurisma, veio a desencarnar.
Mas desde o início da codificação, tratou em suas obras do mag¬netismo, magnetizador que fora.
Aprendemos então que Magnetismo é fluido.
Daí a propriedade que as pessoas tem de irradiar um fluido ou uma energia que pode influenciar pessoas , animais, vegetais e o meio circundante.
No passado, dois nomes se destacaram no estudo e prática do magnetismo:
* Paracelso (1490-1541) - alquimista, médico que se projetou na Idade Média, chegando a ser afastado do cargo de professor pelas suas idéias renovadoras.
* Mesmer (1733-1815) - médico alemão que, na Era Moderna, despertou importantes movimentos de apoio, curiosidade e adesão pelo tratamento das doenças através do fluido.
É importante atentarmos para o fato de que magnetismo e Espiri¬tismo são duas Ciências que se relacionam. Porém

Magnetismo Espiritismo
trabalha-se pela cura através de técnicas trabalha-se pela elevação moral da criatura
o indivíduo se habilita pelo conhecimento técnico e pelo preparo físico e mental para atuar no paciente a criatura se moraliza e procura passar para os que a cercam virtudes de que seja portadora, com o concurso dos Espíritos

Sabemos hoje que realmente existe um tipo de fluido suscetível, passível de receber impressões, modificações ou qualidades, capazes de serem transferidos de um indivíduo para o outro - o que vem explicar o mecanismo do passe.
Experiências importantes nesse campo vem demonstrando que, de fato, o homem pode, a partir da sua vontade e do propósito, beneficiar ao outro, transmitir-lhe recursos energéticos que vão contribuir para suprirem certas deficiências vitais ou promoverrm o equilíbrio energé¬tico do corpo físico e perispiritual do doente.
O PASSE
No meio espírita o passe não se restringe ao magnetismo ordiná¬rio, material, ao magnetismo propriamente dito, uma vez que sabemos que os Espíritos promovem recursos de grande valia nos processos de cura ou de alívio dos pacientes.
O passe espírita resulta, principalmente, das faculdades da alma, o corpo é instrumento da ação.Através de Allan Kardec identificamos a idéia básica, fundamen¬tal na doação da bioenergia. Vejamos:
"Apenas sua ignorância lhe faz crer na influência desta ou daquela forma." Revista Espírita [1865-pg 254]
"A Ciência até hoje só conhece as substâncias tangíveis, não compre¬ende a ação de um fluido impalpável tendo a vontade como propulsor." Revista Espírita [1868-pg 86]
"A vontade é o atributo do Espírito encarnado tanto quanto do Espírito errante, daí a potência do magnetizador, potência que sabemos estar na proporção da força da vontade." O Livro dos Médiuns [cap VIII-it 131]
"Quando se diz que um médico cura seu paciente com boas palavras es¬tamos expondo uma verdade absoluta, pois o pensamento benfazejo, traz consigo fluidos reparadores que atuam sobre o físico tanto como sobre o moral." A Gênese [cap XIV-it 20]
"São extremamente variados os efeitos da ação fluídica sobre os doentes de acordo com as circunstâncias. Algumas vezes é lenta e re¬clama tratamento prolongado no magnetismo ordinário. Doutras vezes é rápida como uma corrente elétrica. Há pessoas dotadas de tal poder que operam curas instantâneas nalguns doentes, por meio apenas da imposição das mãos ou até exclusivamente por ato da vontade." A Gênese [cap IV-it 31]
"... a fazer passes o médium curador infiltra um fluido regenerador pela simples imposição das mãos, graças ao concurso dos Espíritos, mas esse concurso só é conhecido à fé sincera e a pureza de in¬tenção." Revista Espírita [1864-pg 7]
"A faculdade de curar pela imposição das mãos tem sem dúvida alguma o princípio numa força excepcional de expansão, suscetível de ser aumentada por vários motivos, entre os quais predomina a pureza de sentimentos, desinteresse, benevolência, desejo ardente de aliviar, prece e confiança em Deus." Obras Póstumas [parte I-it 92]

Deduzimos então, pelas colocações do Codificador, que o passe espírita não precisa de técnicas sofisticadas.
O passe é a passagem de uma pessoa para outra de uma certa quantidade de energia fluídica, dependendo esta, do estado de saúde do passista e do seu grau de desenvolvimento. É dado de mente para mente. É a mente que produz fluidos bons e não as mãos mexendo de baixo para cima, de cima para baixo no doente.
Desnecessária ainda a chamada "limpeza fluídica", quando, pre¬tendendo retirar fluidos deletérios do organismo doente, o passista usa gestos de expulsão dos fluidos. Kardec elucida:
"O fluido bom expulsa o fluido ruim."
Os técnicos em magnetismo são os Espíritos. Nós somos instru¬mentos motivados pelo amor ao nosso próximo. Há, numa Casa Espírita bem organizada, toda uma equipe espiritual coordenando o trabalho da bioenergia na sala de passes.
Precisamos dar um sentido ético e uma direção segura à doação fluídica, apenas estendendo as mãos sobre a cabeça do paciente. As mãos transmitem as energias que a mente do passista fabrica e capta.
A mente age como uma antena quando recebemos os recursos do plano superior e também quando retiramos estes recursos do próprio or¬ganismo.
É importante o passista preparar-se sempre convenientemente, o mais que puder, e encarar a transmissão do passe como um ato eminente¬mente fraternal doando o que de melhor tenha em sentimento e vibração.
Espiritismo é uma doutrina essencialmente consoladora, uma dou¬trina de reeducação da alma - postula um novo caminho para o homem se elevar livre de dogmas, de rituais, de esquemas.
É necessário esclarecer o passista sobre esse "folclore", li¬vrando-o desse conjunto de crenças, lendas, costumes, formados de um aparato mágico supostamente necessário para a transmissão do passe. Embora a Doutrina Espírita seja contrária a qualquer prática desti¬tuída de fundamento, existe, no seu meio, o frequentador que, levado por condicionamento viciosos, fica aguardando passe sem qualquer reco¬nhecida necessidade para isso.
A primeira função do Espiritismo é educar. Os seus princípios convocam a alma humana à luta pelo próprio desenvolvimento moral e in¬telectual.
As propostas da Doutrina pairam acima de interesses imediatis¬tas para ao homem acenar com resoluções mais seguras e definitivas.
Ter consciência espírita significa estar se esforçando no curso de cada dia para viver em amor; meta que pode ser atingida pela auto-disciplina. Contudo, um grande número de pessoas chegam às Casas Espí¬ritas buscando a saúde do corpo. A abençoada mediunidade de cura chega ao mundo como instrumento de amparo às criaturas abatidas pelo sofri¬mento. Curar o corpo é favorecer a alma na sua caminhada terrena. Mas, à luz da Doutrina Espírita, educar é a finalidade; curar é o meio de se chegar à finalidade.
ÁGUA FLUIDA
No capítulo da fluidoterapia temos na água fluidificada outro elemento de valor. É utilizada no meio espírita como complemento do passe, tornando-se portadora de recursos medicamentosos. Há todo um manejo de fluidos modificando a água através da química mental.
"Coloca o teu recipiente de água cristalina à frente de tuas orações e espera e confia." Emmanuel/Chico Xavier
IRRADIAÇÃO
Na irradiação, os fluidos também têm importância real.
Léon Denis [No Invisível-cap I] observa:
"A força magnética por certos homens projetada pode de perto ou de longe fazer sentir sua influência, aliviar, curar."
PASSE A DISTÂNCIA
É uma modalidade da irradiação quando a sintonia é condição bá¬sica.
[Nos Domínios da Mediunidade-cap 17]:
"- O passe pode ser dispensado a distância?
-áSim, desde que haja sintonia entre o que recebe e o que adminis¬tra."
SESSÕES MEDIÚNICAS
Allan Kardec [Revista Espírita-ano 1866,pg 349]:
"No passe o fluido age de certo modo materialmente sob os órgãos afetados, ao passo que, na obsessão, deve agir moralmente sobre o Espírito obsessor."
Buscando o medianeiro ajuda espiritual, pois sem a assistência dos bons Espíritos fica o médium reduzido às suas próprias forças, in¬suficientes por vezes, mas, centuplicadas em poder e eficácia se uni¬das ao fluido depurado dos mensageiros de Jesus.
CONCLUSÃO
Nesse contexto todo, uma coisa é evidente e fundamental: o sen¬timento com que a fluidoterapia é realizada, porque este é um trabalho que jamais deverá ser feito de forma maquinal.

Regra
Princípio Segundo Allan Kardec está na evolução moral
Código
Norma

Recurso
Ajuda Segundo Allan Kardec estão no pensamento, na vontade e no amor
Socorro
Auxílio


Não podemos mais conviver com teorias estranhas à Doutrina Es¬pírita.
O passe é transmissão de energias humanas somadas com as ema¬nações divinas encontradas nos reservatórios da natureza. Sustentando-se na prece, o passista é um intermediário consciente que humilde se ergueu para Deus. Nenhum passista pode dispensar a oração ao reconhe¬cer, na prece, o benefício que ela proporciona. E a oração não tem fórmula, é vibração sincera da alma, e quanto mais sincera for maior teor vibratório alcança e mais energias soma. A essência do passe é o amor.
Herculano Pires alcança a questão com uma objetividade admirá¬vel:
"É tão simples um passe que não podemos fazer mais do que dá-lo."
"O passe é um ato de amor."
Bibliografia
10) O Livro dos Médiuns - Allan Kardec
11) Obras Póstumas - Allan Kardec
12) A Gênese - Allan Kardec
13) Passe e Passistas - Roque Jacinto
14) Obsessão - Passe - Doutrinação - Herculano Pires
15) Nos Domínios da Mediunidade - André Luiz/Chico Xavier
16) Missionários da Luz - André Luiz/Chico Xavier
17) Mecanismos da Mediunidade - André Luiz/Chico Xavier
18) Estudando a Mediunidade - Martins Peralva
A Obsessão, O Passe, A Doutrinação - Herculano Pires

Fonte CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo

MISTIFICAÇÕES NA MEDIUNIDADE

Mistificações na Mediunidade

Escrito por Vianna de Carvalho
O exercício da mediunidade correta impõe disciplinas que não podem ser desconsideradas, seriedade e honradez que lhe conferem firmeza de propósitos com elevada qualidade para o ministério.

Porque independente dos requisitos morais do intermediário, este há de elevar-se espiritualmente, a fim de atrair as entidades respeitáveis que o podem promover, auxiliando-o na execução do delicado programa a que se deve ajustar.

Pelo fato de radicar-se no organismo, o seu uso há que ser controlado e posto em regime de regularidade, evitando-se o abuso da função, que lhe desgasta as forças mantenedoras, como a ausência da ação, que lhe obstrui mais amplas aptidões que somente se desenvolvem através de equilibrada aplicação.

Face à sintonia psíquica responsável pela atração daqueles que se comunicam, a questão da moralidade do médium é de relevante importância, preponderando, inclusive, sobre os requisitos culturais, porquanto estes últimos podem constituir-lhe uma provocação, jamais um impedimento, enquanto a primeira favorece a união com os espíritos de igual nível evolutivo.
Embora os cuidados que o exercício da mediunidade exige, nenhum sensitivo está isento de ser veículo de burla, de mistificação. Esta pode, portanto, ter várias procedências:

a) dos espíritos que se comunicam, denunciando a sua inferioridade e demonstrando falhas no comportamento do medianeiro, que lhes ensejou a farsa; às vezes, apesar das qualidades morais relevantes do médium, este pode ser vítima de embuste, que é permitido pelos seus instrutores desencarnados com o fim de pôr-lhe à prova a humildade, a vigilância e o equilíbrio;

b)involuntariamente, quando o próprio espírito do médium não logra ser um fiel intérprete da mensagem, por encontrar-se em aturdimento, com estafa, desgaste e desajustado emocionalmente;

c) inconscientemente, em razão da liberação dos arquivos da memória – animismo – ou por captação telepática direta ou indireta;

d) por fim, quando se sentindo sem a presença dos comunicantes e sem valor moral para explicar a ocorrência, apela para a mistificação consciente e infeliz, derrapando no gravame moral significativo.

Eis por que o médium se deve preservar dos abusos, não exorbitando das energias que lhe permitem a ação da faculdade, porquanto esta, à semelhança de outra qualquer, sofre as alternâncias do cansaço e do repouso, dá boa da má utilização.

A prática mediúnica impõe, como condições ético-morais, o idealismo e a dedicação desinteressada de quaisquer recompensas, pois que o mercantilismo e a simonia transformam-na em campo de exploração perniciosa. Não se beneficiando com as retribuições que são encaminhadas aos médiuns, os espíritos nobres os deixam à própria sorte, sendo assim substituídos pelos interesseiros e vãos, que passam ao comércio das forças psíquicas em processo de vampirismo cruel, terminando por aproximar-se da casa mental do irresponsável, em conúbio danoso. Outras vezes, sentindo-se obrigado a atender o consulente que lhe compra o honorário, o sensitivo assume a responsabilidade da mensagem, mistificando em consciência, na crença de que ao outro está enganando, sem dar-se conta das conseqüências funestas que o gesto lhe acarreta e que se apresentarão no momento próprio.

A venda, porém, da mediunidade, não se dá, exclusivamente, mediante a moeda de contado, mas, também, através dos presentes de alto preço, da bajulação chula, do destaque vão com que se busca distinguir os médiuns, exaltando-lhes o orgulho e a vacuidade.

É austera e irretocável a recomendação de Jesus quanto ao “dar de graça o que de graça se recebe”, valorizando-se o conteúdo da concessão superior, honrando-a com carinho e respeito, em razão da sua procedência, quanto do seu destino.

A mistificação mediúnica de qualquer natureza tem muito a ver com o caráter moral do médium, que, consciente ou não, é responsável pelas ocorrências normais e paranormais da sua existência.

A mediunidade é para ser exercida com responsabilidade e pureza de sentimentos, não se lhe permitindo macular com as enganosas paixões inferiores da condição humana das criaturas.

Com a sua vulgarização e a multiplicação dos médiuns , estes, desejando valorizar-se e dar brilho especial às suas faculdades, apelam para superstições e exotismos do agrado das pessoas frívolas e ignorantes, que os incorporam às suas ações, caindo, desse modo, em mistificações da forma, através dos processos escusos com os quais visam impressionar os incautos.

A prática mediúnica dispensa todo e qualquer rito, indumentária, práxis, condição por estribar-se em valores metafísicos que as formas exteriores não podem alcançar.

O mau uso da faculdade mediúnica pode entorpecê-la e até mesmo fazê-la desaparecer, tornando-se, para o seu portador, um verdadeiro prejuízo, uma rude provação.

Algumas vezes, como advertência, interrompe-se-lhe o fluxo medianímico, e os espíritos superiores, por afeição ao médium, permitem que ele o perceba, a fim de mais adestrar-se, buscando descobrir a falha que propiciou a suspensão e restaurando o equilíbrio; outras vezes, é-lhe concedida com o objetivo de facultar-lhe algum repouso e refazimento.

A mistificação é um dos graves escolhos à mediunidade, todavia, fácil de se evitar, como de se identificar.

A convivência com o médium dará ao observador a dimensão dos seus valores morais, e será por estes que se poderá medir a qualidade e as resistências mediúnicas do mesmo, a possibilidade dele ser vítima ou responsável por mistificações.


Espírito: Vianna de Carvalho
Médium: Divaldo P. Franco – Médiuns e Mediunidades.

domingo, 26 de abril de 2009

"De Graça Recebestes, de Graça Dai"

A mediunidade é uma faculdade concedida por Deus às criaturas, que nada pagam por ela.
Por isso, quando desenvolveu a mediunidade no seus discípulos e os mandou trabalharem com ela em favor da humanidade, Jesus lhes disse: "De graça recebestes, de graça dai". (Mt.10).
O Mestre não somente recomendou o exercício gratuito da mediunidade, Ele o exemplificou, nada cobrando dos discípulos pelo desenvolvimento mediúnico que neles promoveu e jamais cobrando nada de ninguém por qualquer das obras espirituais que realizou, inclusive as curas.
E, ao expulsar os vendilhões do Templo de Jerusalém, deu enérgica demonstração de que não se deve comerciar com as coisas espirituais, nem torná-las objeto de especulação ou meio de vida.

Porque o exercício da Mediunidade não deve ser cobrado.
O trabalho que fazemos na vida terrena é com o corpo ou com o intelecto e a paga que recebemos por ele se destina à nossa sobreviência corpórea, ao atendimento das nossas necessidades materiais. Como cada qual tem sua capacidade ou aptidão, todos podem trabalhar e ganhar o seu pão de cada dia ( com exceção das crianças, dos idosos, dos muito deficientes ou enfermos).
O trabalho com a mediunidade é uam situação muito diferente.
Trata-se de uma faculdade que:
-enseja um trabalho que é espiritual e só se realiza com o concurso dos espíritos desencarnados;
-tem por finalidade fazer o intercâmbio entre o plano material e o espiritual, promovendo o esclarecimento, a ajuda mútua e a fraternidade entre os encarnados e os desencarnados;
-precisa estar ao alcence de todos os seres humanos em geral mas só pode ser exercida por médiuns, que são minoria na Humanidade.
Se a mediunidade for comercializada ou profissionalizada, eis o que poderá acontecer:
1) Os pobres poderão ter dificultado ou impedido o acesso ao esclarecimento, conforto e ajuda espiritual.
"Deus quer que a luz chegue a todos; não quer que o mais pobre dela fique privado e possa dizer: não tenho fé, porque não a pude pagar; não tive o consolo de receber encorajamentos e os testemunhos de afeição dos que pranteio, porque sou pobre."
2) O médium estará recebendo a paga pelo trabalho dos espíritos, o que é imoral.
No transe mediúnico, somos intermediários mas os espíritos é que falam, escrevem, ensinam, produzem fenômenos. Como vender o que não se originou de nossas idéias, pesquisas ou qualquer outra espécie de trabalho pessoal?
Como receber pelo trabalho dos espíritos uma paga em coisas materiais, que só a nós beneficia e não a eles?
No caso de serem espíritos familiares e amigos, não nos repugna expô-los para, com isso, lucrar alguma coisa material?
3) Teremos de assegurar resultados, mas não o podemos fazer, pois, amediunidade é uma faculdade fugidia, instável, com a qual ninguém pode contar com certeza, já que não funciona sem o concurso dos espíritos. Ora, os espíritos, quando bons, não se prestam ao comércio mediúnico, pois não irão concorrer para a cupidez e ambição do seu intermediário; e, quando maus, também não gostam de ser explorados e nem sempre querem atuar. "Explorar a mediunidade é, portanto, dispor de uam coisa de que realmente não se é dono. Afirmar o contrário é enganar a quem paga".
4) Atrairá para junto do médium espíritos inferiores.
Como os bons espíritos não se prestam a esse comércio e se afastam, os que ficam junto do médium mercenário são espíritos levianos, pseudos sábios ou até malévolos mas, no mínimo, ignorantes.
O médium que vende seu trabalho mediúnico expõe-se à influência dos espíritos inferiores, dos quais se fez comparsa e cúmplice, e com isso compromete sua situação espiritual, presente e futura.
5) Lançaremos descrédito sobre a mediunidade.
Quando nos fazemos pagar pelo exercício mediúnico, acarretamos descrédito sobre nós mesmos e para o intercâmbio espiritual. Isto traz grave prejuízo para o progresso moral da humanidade, pois, desacreditando da manifestação mediúnica, a humanidade perde sua fonte de informações, conforto e ajuda espritual.
"A mediunidade séria nunca pode constituir uma profissão, isso a desacredita moralmente". Esse tráfico, degenerado em abuso, explorado pelo charlatanismo, a ignorância e a credulidade dos supersticiosos foi o que levou Moisés a proibi-la. O Espiritismo, compreendendo a feição honesta do fenômeno, elevou a mediunidade ao grau de missão".
Observemos que "paga" não é somente o dinheiro mas tudo aquilo que represente remuneração, lucro, vantagem, interesse puramente pessoal, satisfação da vaidade e do orgulho.
Quando um médium da seu tempo ao público, dizendo que o faz no interesse da causa espírita ma snão pode dá-lo de graça, perguntamos com Kardec:
"Mas será no interesse da causa ou no seu próprio que o dá? E não será porque ele entreve aí uma ocupação lucrativa? Por este preço, encontram-se sempre pessoas devotadas. Porventura haverá somente este trabalho à sua disposição?
"Quem não tiver com que viver, procure recurso fora da mediunidade. Se quiser, consagre-lhe materialmente o tempo disponível. Os espíritos levarão em conta o seu devotamento e sacrifício, ao passo que se afastam de quem dela faça escabelo.
"À parte estas considerações morais. não contestamos de modo nenhum que possa haver médiuns interesseiros honrados e conscienciosos, porque há pessoas honestas em todas as profissões; mas se convirá, pelos motivos que expusemos, que o abuso tem mais razão de estar com os méduins pagos do que junto àqueles que, olhando sua faculdade como um favor, não a empregam senão para prestar serviços gratuitamente".
Kardec está com a razão. E podemos aduzir que a gratuidade dos serviços no meio espírita tem assegurado o afastamento das pessoas interesseiras e mal intencionadas. O desprendimento e o desinteresse exigidos valem, pois, como um dispositivo de segurança para o movimento espírita.

A remuneração espiritual
Todo o bem que fazemos, porém, sempre tem sua recompensa espiritual. Afirmou Jesus que "digno é o trabalhador do seu salário". E a lei de ação e reação sempre dá às criaturas segundo as suas obras.
Assim, o médium que exerce sua faculdade como Jesus recomenda, sem interesses materiais ou egoístas, não deixará de receber um natural salário espiritual, pois conseguira consequências felizes como estas:
-pagar sua dívidas espirituais anteriores pelo bem que ensejar com seu trabalho mediúnico, e adquirir méritos para novas realizações;
-acelerar o próprio progresso, pelo desenvolvimento que lhe ven do exercício de sua faculdade e do conhecimento que adquire sobre a vida imortal;
-convívio com bons espíritos e a proteção deles, em virtude da tarefa redentora a que se vincula.



Livros consultados:
De Allan Kardec:
-"O Evangelho Segundo o ESpiritismo", cap XXVI;
- "O Livro dos Médiuns", 2ª parte, cap. XXVIII e XXXI, item X.

sábado, 4 de abril de 2009

A CRIAÇÃO


Como se deu a formação do Universo e como começou a vida na Terra?
O ser humano ainda não tem condições para conhecer inteiramente o princípio das coisas, porque não está suficientemente desenvolvido intelectual e moralmente para isso. À medida que progredir, com seus estudos e pesquisas irá descobrindo e entendendo melhor as leis e princípios da Natureza, conseguindo formular teorias mais próximas da verdade a respeito da formação do Universo e do surgimento dos seres. Além das descobertas que fizer por si mesma, a Humanidade também poderá receber revelações espirituais a esse respeito (como já ocorreu no passado), dosadas ao seu grau de evolução. Assim, aos poucos, irá sendo levantado o véu que, por enquanto, nos encobre os mistérios da Criação, a grande obra da vontade divina.
O que a Ciência diz?
A ciência humana não cogitta de um Deus Criador e, portanto não considera o Universo uma Criação Divina. Seu ponto de vista é materialista e agnóstico (declara ser o absoluto inacessível ao espírito humano), mas procura entender o princípio das coisas, através de diferentes estudos, tais como:
-Astronomia: estudo da constituição e movimento dos astros;
-Geologia: estudo da constituição física da Terra;
-Antropologia: estudo do homem e dos grupos humanos;
-Paleontologia: estudo dos fósseis (restos ou vestígios de vida bem antiga), tanto de animais como de vegetais. Neste estudo, recorre a métodos de pesquisa que permitem calcular, com relativa precisão, o tempo de existência de coisas e seres. Ex.: radioatividade, magnetismo, microquímica, raios X, ultra-violetas, infra-vermelhos, testes de carbono 14 e de fluor.
Eis algumas das principais conclusões da Ciência sobre a formação do Universo e a vida existente na Terra:
-o Universo teria resultado de uma grande explosão (é a teoria do Big-Bang, uma das mais aceitas atualmente); -a formação da Terra se iniciou há bilhões de anos, emprocessos que se estenderam por largos períodos e eras;
-a vida se manifestou na Terra em formas primárias e em épocas muito remotas, evoluindo, depois, para seres mais organizados;
-a espécie humana foi a última a surgir, o que teria ocorrido:
Quando? Suas formas mais primitivas, há pelo menos 1.750.000 anos.
Como? Um ramo da linhagem dos antropomorfos apresentou evolução diferente, dando origem ao "homo sapiens".
Por que? A ciência não tem explicação para isso. Haveria um "elo perdido" na escala da evolução dos seres.
Onde? Em vários pontos do globo e em épocas diferentes, mas constituindo sempre uma mesma espécie, embora a diversidade das raças.
O que diz o Espiritismo?
Dois são os elementos gerais do Universo, criados por Deus:
-o Princípio Inteligente: é dele que se originam, por processo evolutivo, todos os seres espirituais;
-o Fluído Cósmico Universal: é a matéria primitiva, em seu estado mais elementar; em suas modificações e transformações, dá origem à inumerável variedade dos corpos da Natureza. O espaço universal é infinito e nele não existe o vazio, pois está todo preenchido pelo fluido cósmico universal em seus diferentes estados. O espírito atua sobre o fluido cósmico universal em seus diferentes estados, produzindo com isso variados efeitos.
Os mundos e os seres vivos
Os mundos são formados pela condensação da matéria disseminada no espaço universal. Não sabemos quanto tempo os mundos levam para se formarem nem quando desaparecerão. Mas é certo que Deus os renova, como renova os seres vivos. Os elementos orgânicos (que vem a constituir organismos vivos) já existem em estado de fluido, na substância que preenche o espaço universal (e com o qual os mundos vem a ser formados). Estão ali em estado latente, de inércia (tal como ocorre na crisálida e nas sementes das plantas). Quando, num mundo, as condições se tornam propícias ao seu desenvolvimento, surgem, então, os seres vivos, que evoluem das formas mais simples para as mais complexas.
Origem e Evolução da vida na Terra
Em certa fase da formação da Terra surgiram em sua substância elementos orgânicos. Mas uma froça natural os mantinha afastados. Com as transformações ocorridas no planeta, em seu princípio, cessou a atuação daquela força e os elementos orgânicos se agruparam e desenvovleram, dando origem aos seres, que foram se diferenciando em espécies. Os seres de cada espécie absorveram em si mesmos elementos necessários e, unindo-se uns aos outros, pela reprodução trasmitiram esses elementos aos seus descendentes. Sobre a evolução diferente que um ramo da linhagem dos antropomorfos apresentou e a Ciência não soube explicar, o Espiritismo esclarece: o "elo perdido" não sera encontrado na matéria, porque a causa dessa transformação não se deu na matéria mas no espírito (alcançado pelo próprio indivíduo ou graças à interferência de ESpíritos Superiores) vindo a repercurtir na formação de novos corpos.
E a criação segundo a Bíblia?
Na Bíblia, a origem do Universo é ralatada no livro "Gênesis" (=origem, em grego). Ali se afirma que tudo foi criado por Deus, tanto o sol como a lua, estrelas,a Terra com suas plantas e animais e, por fim, a espécie humana. Que essa criação foi feita por um ato da vontade de Deus ( ex.: "Faça-se a luz") e em apenas seis dias. Que Adão, o 1º homem, foi feito do limo e Eva, a mulher, de uma costela. A data provável dessa criação teria sido 4000 anos antes de Cristo. Desse casal descenderia toda a humanidade. Talvez haja, nessa narrativa bíblica, um simbolismo:
-6 dias
= eras ou períodos; -limo = corpo humano foi constituído dos elementos materiais deste planeta;
- costela = mulher é da mesma natureza do homem, não lhe é inferior, mas sua igual e o homem deve amá-la como parte de si mesmo.
Se não entendermos simbolicamente, haverá incoerências difíceis de aceitar, tais como: 1) Adão e Eva eram os primeiros seres humanos e tinham dois filhos: Caim e Abel (outros filhos somente nasceriam mais tarde); quando Caim matou Abel, foi expulso do Éden (Paraíso), indo morar ao leste. Mas Caim: -tinha medo de ser morto ("quem comigo se encontrar me matará"); por quem, se não havia outras pessoas além deles?; -nessa outra região, veio a se carsar, com quem?; -e estava construindo uma cidade; para quem? só para ele e sua família?
2) Narra-se também, no livro "Gênesis"da Biblia, que houve um dilúvio que exterminou todas as criaturas da Terra, menos Noé e sua família (e os animais da Arca), com o que teria recomeçado o povoamento do mundo. Se fosse verdade, como explicar a existência histórica ininterrupta dos chineses, desde há cerca de 30 mil anos? E também a Índia e outras regiões do globo que apresentam habitação ininterrupta, em grande progresso e população, há mais de 10 mil anos? Deve ter sido, quando muito um dilúvio parcial, apenas na região habitada pelos hebreus e outros povos bíblicos. Adão porém, não foi o primeiro nem o único homem a povoar a Terra, concordam a Ciência e o Espiritismo.
Do ponto de vista espírita, o nome Adão pode ser símbolo:

1) - de um grupo humano que sobreviveu aos grandes cataclismos sofridos por parte da superfície do globo, em diferentes regiões e que veio a constituir o tronco de um adas raças que povoaram a Terra;
2) ou de uma ou mais colônias de espíritos que, há alguns milhares de anos, teriam vindo de outro planeta para a Terra, aqui encarnando através de outros povos que já a habitavam. Teriam aproveitado a hereditariedade existente, mas produzido alterações por seus perispíritos mais evoluídos, dando origem a novos tipos físicos ( raça ou raças adâmicas). Que eram mais evoluídos, seus conhecimentos e atos provam. Teriam sido banidos do mundo melhor de onde vieram, porque lá não se haviam disposto a acompanhar o progresso moral. Aqui na Terra, ao mesmo tempo em que se reajustavam à lei divina, ajudavam os nativos terrenos a progredirem.
O Espiritismo é:
1) Criacionista: admite um Deus Criador e o separa da sua Criação. Neste ponto: -concorda com a Bíblia e discorda da Ciência, cujo ponto de vista é materialista e agnóstico; -discorda do Panteísmo, sistema filosófico que identifica a divindade com o mundo e segundo o qual Deus é o conjunto de tudo.
2) Evolucionista: admite as transformações progressivas. Neste ponto: -discorda da Bíblia (se tomada ao pé da letra) porque nela não fica bem claro o fato evolução; -concorda com a Ciência apenas em parte; porque a Ciência fala somente da evolução nos seres corpóreos e o Espiritismo afirma a evolução também para os espíritos que animam esse seres.

Livros consultados:
De Allan Kardec:
- "A Gênese", caps. I, II e VI a XII;
- "O LIvro dos Espíritos", caps. II, III e IV.
De Léon Denis:
- "Cristianismo e Espiritismo", NOtas Complementares nº 1.

domingo, 15 de março de 2009

REUNIÃO MEDIÚNICA - EQUIPES/TIPOS

Já foi dito em “O Livro dos Espíritos”(1) que o homem se desenvolve
através do contato social e que no isolamento se embrutece e estiola.
A mediunidade sendo como que um sentido do homem é natural que se
manifeste no meio social a espraiar-se entre as criaturas de modo a
cumprir o papel transformador que lhe compete.
Porque nem todos somos capazes de nos interessar, ao mesmo tempo por
muitos assuntos, é natural que os que pela mediunidade se interessam,
reúnam-se, identifiquem-se em programas específicos de trabalho que
constituem objetivos dos Centros Espíritas e mais particularmente dos
grupos mediúnicos. É a vivência do ensino de Jesus: “quando duas ou
mais pessoas estiverem presentes em meu nome eu estarei entre elas”.
A importância das reuniões mediúnicas, que têm como meta última a
regeneração moral da Humanidade, no que se confunde com os ojbetivos
da própria Doutrina Espírita, está a exigir equipes cada vez mais
adestradas e conscientes. E isto se dará efetivamente quando todos:
· Possuírem um único desejo: o de se instruírem e melhorarem;
· Compreenderem os objetivos e aderirem aos mesmos, ou seja:
perfeita comunhão de vistas e de sentimentos;
· Se capacitarem, continuamente, para o desempenho da função que
executam;
· Se pautarem exclusivamente nos seus papéis enquanto outros não lhe
forem confiados;
· Cooperarem reciprocamente uns com os outros;
· Se estimarem como verdadeiros irmãos;
· Se manterem permanentemente motivados e sintonizados com o comando
superior que emana da espiritualidade.
Não esquecer que “uma reunião é um ser coletivo cujas propriedades
são as de seus membros e formam como que um feixe”(2).
Basicamente, as funções existentes numa reunião mediúnica, conforme a
feição atual do movimento espírita, são:
MÉDIUM - Intérprete dos Espíritos e instrumento de que se utilizam
para se manifestarem aos homens;
DOUTRINADOR - Terapeuta do esclarecimento e da consolação; pessoa que
atende os Espíritos, que se comunicam;
DIRIGENTE - O coordenador do grupo; a pessoa que dirige as reuniões e
que, não raro, também atende os Espíritos;
ASSISTENTE - Trata-se do auxiliar. Pessoa que participa da reunião na
condição de fornecedor de energias vitais e pensamentos elevados, o
que, aliás, é obrigação de todos. Muitas vezes entre os assistentes
se revelam preciosas mediunidades a cultivar, seja para o exercício
da psicofonia, psicografia, vidência, etc, seja para o trabalho de
doutrinação.
Caberia colocar-se a função de passista. Todavia o passe se integra
tão intimamente com a doutrinação que normalmente é aplicado pelos
doutrinadores e dirigentes.
A nossa abordagem sobre as funcões se centrará nos seguintes
aspectos:
· - O porquê da função na vida de cada um;
· - As qualidades requeridas;
· - As atribuições
O DIRIGENTE E O DOUTRINADOR
No final desta parte apresentamos resumos de textos de obras de
reconhecido valor que nos mostram as qualidades requeridas para o
exercício das funções Dirigente e Doutrinador.
É bom deixar claro que todas as pessoas que compõem o grupo, sejam
dirigentes, doutrinadores, médiuns ou assistentes têm o compromisso
de trabalharem pelo próprio crescimento moral e pelo desenvolvimento
das qualidades afetivas, porque somente assim atrairemos os Bons
Espíritos às nossas reuniões. Ao colocarmos o rol de qualidades que
devem possuir esses companheiros encarregados da doutrinação, de modo
algum estamos colocando-os à parte como seres superiores aos demais,
nem afirmando(por decreto) que eles são ou devem ser as pessoas mais
evoluídas da Equipe. Quantas vezes na discrição de um trabalho
silencioso de assistente e na regularidade de uma expressão mediúnica
discreta não estará escondido uma alma de escol.
Aliás, uma equipe mediúnica para cumprir eficientemente o seu papel,
deve abstrair-se dessas avaliações personalistas, das competições
silenciosas ou não, permitindo, assim, que cresça a fraternidade e o
sentido irrestrito da cooperação.
Vejamos o dirigente e os doutrinadores como companheiros que, por
necessidades evolutivas, não raro de natureza provacional, estão
investidos de tais responsabilidades no presente momento.
As mesmas obras consultadas, permite-nos alinhar as seguintes
atribuições para o dirigente:
· - Oração inicial e final;
· - O comando da palavra;
· - Apelos à cooperação mental, sempre que necessário;
· - Solicitar instruções dos mentores;
· - Controlar as situações mais difíceis;
· - Escolher os doutrinadores que lhe auxiliarão;
· - Orientação geral ao grupo;
· - Analisar, com o grupo, as passividades;
· - Promover o estudo;
· - Participar das atividades do Centro e estimular todos para esta
participação.
QUALIDADES REQUERIDAS PARA O DIRIGENTE E OS DOUTRINADORES
DESOBSESSÃO (André Luiz)
CP. 13 - DIRIGENTE

O dirigente das tarefas de desobsessão não pode esquecer que a
Espiritualidade Superior espera dele o apoio fundamental da obra.
Direção e discernimento.
Bondade e energia.
Certo, não se lhe exigirão qualidades superiores à do homem comum; no
entanto, o orientador da assistência aos desencarnados sofredores
precisa compreender que as suas funcões diante dos médiuns e
frequentadores do grupo, são semelhantes às de um pai de família, no
instituto doméstico.
Autoridade fundamentada no exemplo;
Hábito de estudo e oração;
Dignidade e respeito para com todos;
Afeição sem privilégios;
Brandura e firmeza;
Sinceridade e entendimento.
NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE
CP. 3 - EQUIPAGEM MEDIÚNICA

- Conheçamos a nossa equipagem mediúnica—disse o orientador. E,
detendo-se ao pé do companheiro encarnado que regia os trabalhos,
apresentou:
- Este é o nosso irmão Raul Silva, que dirige o núcleo com sincera
devoção à fraternidade. Correto no desempenho dos seus deveres e
ardoroso na fé, consegue equilibrar o grupo na onda de compreensão e
boa-vontade que lhe é característica. Pelo amor com que se desincumbe
da tarefa, é instrumento fiel dos benfeitores desencarnados, que lhe
identificam na mente um espelho cristalino, retratando-lhes as
instruções.
SESSÕES PRÁTICAS E DOUTRINÁRIAS DO ESPIRITISMO (Aurélio A. Valente)
A escolha do dirigente dos trabalhos deve recair naquele que reunir
três condições essenciais: elevação moral, preparo intelectual e
conhecimento da Doutrina.
A elevação moral é atributo indispensável ao presidente; sem ela,
impossível lhe será impor-se aos Espíritos, pois que estes, lendo-lhe
os pensamentos impuros, não lhe reconhecerão qualquer ascendente.
O preparo intelectual que preconizamos não é a cultura profunda, não
é a vastidão do saber, aureolado por um diploma, porém, um
conhecimento prático dos homens, uma inteligência desenvolvida na
análise das coisas, uma forte dose de bom senso.
DIÁLOGO COM AS SOMBRAS
Em suma, o doutrinador não pode deixar de dispor de cinco qualidades,
ou aptidões básicas:
· - Formação doutrinária muito sólida, com apoio insubstituível nos
livros da Codificação Kardequiana;
· - Familiaridade com o Evangelho de Jesus;
· - Autoridade Moral;
· - Fé;
· - Amor.
As demais são desejáveis, importantes também, mas não tão críticas:
· - Paciência;
· - Sensibilidade;
· - Tato;
· - Energia;
· - Vigilância;
· - Humildade;
· - Destemor;
· - Prudência .
OBSESSÃO / DESOBSESSÃO
O Dirigente
A figura que dirige é de muita importância para todo o grupo. Deve
ser uma pessoa que conheça profundamente a Doutrina Espírita e, mais
que isto, que viva os seus postulados, obtendo assim a autoridade
moral imprescindível aos labores dessa ordem. Esta autoridade é fator
primacial, pois uma reunião dirigida por quem não a possui será,
evidentemente, ambiente propício aos Espíritos perturbadores. Diz-nos
Kardec que a verdadeira superioridade é a moral e é esta que os
Espíritos realmente respeitam. É ela que irá infundir nos integrantes
da equipe a certeza de uma direção segura e equilibrada.
O dirigente precisa ser, pois, alguém em quem o grupo confie, uma
pessoa que represente para os encarnados a diretriz espiritual,
aquela que na realidade sustenta e orienta tudo o que ocorre. Ele é o
representante da direção existente na Espiritualidade, o pólo
catalizador da confiança e da boa-vontade de todos.
Ao dirigente cabe ainda a tarefa de conscientizar a equipe quanto à
necessidade do seu entrosamento com o Centro Espírita onde trabalha,
para que o grupo não fique apartado das atividades da Casa. É de bom
alvitre que a equipe seja integrada ao Centro onde funciona.
O dirigente deve preparar um companheiro para auxiliá-lo e substituílo
em seus impedimentos.
Algumas das qualidades indispensáveis ao dirigente: autoridade
fundamentada no exemplo; conhecimento do Espiritismo; fé; facilidade
de se expressar; amor à tarefa e ao próximo; hábito de estudo e
oração; delicadeza; calma; firmeza; precisão.
Os Médiuns
O Espírito João Cleofas(3) afirma que “a mediunidade com Jesus é uma
porta de esperança no labirinto das aflições”. E poderíamos
acrescentar que, o médium é a chave que abre esta porta.
Vejamos alguns sábios conselhos de Allan Kardec(4):
“Santa é a missão que desempenha os médiuns, rasgar os horizontes da
vida eterna. . . Como intérpretes dos ensinos dos Espíritos têm que
desempenhar importante papel na transformação moral que se opera. . .
Aquele que, médium, compreende a gravidade do mandato religiosamente
o desempenha. . .”
“O médium que compreender o seu dever longe de se orgulhar de uma
faculdade que não lhe pertence visto que lhe pode ser retirada,
atribui a Deus as coisas boas que obtém. . .”
Estes conceitos de Kardec(5) reforçam o ascendente moral que deve
prevalecer, sempre, no exercício mediúnico, e remete-nos à uma
reflexão acurada sobre as qualidades de caráter predominantes nos
Bons Médiuns, conforme ele mesmo classificou: médiuns sérios,
modestos, devotados e seguros.
Alguns autores têm procurado elucidar a razão de algumas pessoas
possuírem maior aptidão do que outras para a mediunidade.
No dizer de André Luiz(6) “a aptidão mediúnica provém de um
pronunciamento do campo magnético de certas pessoas, situadas
temporariamente em regime de “descompensação vibratória” seja de teor
purgativo ou de elevada situação. . .” Seria uma projeção do
perispírito para fora do corpo carnal(7) daí André Luiz ter afirmado
que “mentes integralmente afinadas com a esfera física possuem campo
magnético reduzido”.
Que o teor das experiências de vidas anteriores concorrem para o
surgimento da mediunidade confirma o Espírito Odilon Fernandes (8) ao
dizer: “Existem pessoas que, seja pelo débito cármico, seja pelo seu
merecimento, trazem a mediunidade a flor da pele”... Elas tiveram um
tipo de vida que lhes possibilitou o progresso nesse sentido.
Aprenderam a exercitar a mente, viveram de forma solitária, foram
vampirizados por entidades espirituais que lhe precipitaram as forças
psíquicas”.
Refletindo sobre esse caráter provacional de grande número de
médiuns, Herminio Miranda (9) escreveu: “A mediunidade longe de ser
uma marca de nossa grandeza espiritual, é, ao contrário, o indício de
renitentes imperfeições. Representa uma capacidade concedida para
abreviar o resgate de faltas passadas... O médium não é um ser
aureolado pelo dom divino, mas depositário desse dom, que lhe é
concedido em confiança para uso adequado”.
É como se a Lei Divina, colocasse na própria dor decorrente de nossas
quedas, o princípio qualitativo, automático, regularizador da nossa
evolução. Assim, a mediunidade de provas de hoje poderá ser a
mediunidade-missão do amanhã. O instrumento insipiente (forças
vibratórias frágeis) desta encarnação poderá vir a ser o instrumento
afinado do futuro.
OS ASSISTENTES
Os assistentes quando conscientes do papel que desempenham fazem-se
“dínamos de vibrações amorosas” no dizer de Hermínio Miranda(10).
Ouçamos o que nos ensina o Espírito Odilon Fernandes(11). “Os médiuns
de sustentação são aqueles que se especializam no sentido de manterem
o bom padrão vibratório da reunião, através da prece silenciosa e dos
pensamentos fraternos que emitem. . . Têm uma importância muito
maior do que comumente se pensa”.
As instruções seguintes são de André Luiz(12):
“Os assistentes mantenham harmoniosa união de pensamentos, oferecendo
base às afirmativas do dirigente ou doutrinador”.
“Dispensem simpatia e solidariedade para com os comunicantes como se
fossem parentes queridos”.
“Não perpassem em suas mentes idéias de censura ou crueldade, ironia
ou escândalo”.
E Hermínio Miranda(13) completa esse quadro de instruções com uma
advertência das mais importantes:
“Os assistentes não devem se envolver mentalmente na conversa a ponto
de interferir no difícil diálogo entre o doutrinador e o Espírito”.
A leitura dos capítulos 7 e 11 de “Nos Domínios da Mediunidade” e 17
de “Missionários da Luz” nos ensejará compreender a gama de
providências e recursos que se podem movimentar numa reunião
mediúnica com as energias oferecidas pelos que dela participam, ou
seja:
- Reproduzir através do “condensador ectoplásmico” as imagens
fluídicas projetadas pela mente dos Espíritos comunicantes, para
análise dos Mentores e do Doutrinador;
- Tornar visíveis aos Espíritos sofredores os Mentores e Espíritos
familiares em serviço de ajuda;
- Composição de idéias-formas e quadros transitórios para serem
mostrados aos Espíritos sofredores com finalidades educativas ou
coercitivas;
- Compor vestimentas de médiuns em desdobramento.
A EQUIPE ESPIRITUAL
A parte da seção mediúnica que se desdobra no plano físico nem de
leve se equipara à complexidade dos labores que se dão no plano
espiritual.
Hermínio Miranda(14) afirma que “o trabalho que nos trazem (os
mentores) obedece a planejamentos cuidadosos, cuja vastidão e
seriedade nem podemos alcançar para entender. . . embora portem-se
com “discrição e seriedade, interferindo o mínimo possível”.
Somente a observação atenta no decorrer dos anos permite-nos avaliar
parcialmente a importância da presença desses benfeitores queridos.
São algumas de suas atribuições:
- Escolha dos Espíritos que se comunicarão em função das
possibilidades da equipe de encarnados;
- Preparação do ambiente(assepsia, defesas, etc);
- Preparação dos médiuns e doutrinadores para a reunião;
- Instruções diretas ao Grupo(manifestações);
- Manipulação de recursos vitais( ectoplasma);
- Acoplagem mediúnica e sustentação do processo da comunicação(Guias
dos Médiuns);
- Concentração magnética de Espíritos desarvorados;
- Participação direta no serviço da doutrinação;
- Ampliação da voz dos doutrinadores e Espíritos Bons em serviço
para as regiões sombrias do Mundo Espiritual.
TIPOS DE REUNIÕES
Kardec classificou em frívolas e instrutivas(15) de acordo com o grau
de conscientização das pessoas que delas participam, e experimentais,
aquelas voltadas para a pesquisa dos fenômens de efeito físico.
Como nosso propósito é tratar apenas das reuniões instrutivas sérias,
poderíamos dizer que as mesmas, no Brasil foram se ajustando
determinados projetos de trabalho ganhando características
particulares e designações próprias, ou seja:
REUNIÕES DE EDUCAÇÃO MEDIÚNICA
São as reuniões para onde convergem os médiuns principiantes, que em
convivência com alguns médiuns mais experientes se educam. Costumam-
se fazer aprendizado teórico concomitante ao prático, dividindo-se o
tempo entre o estudo e a prática ou exercício.
REUNIÕES DE DESOBSESSÃO
Especializadas no atendimento de casos de obsessão. Somente médiuns
adestrados participam destas reuniões. Pode-se trabalhar de forma
direcionada para atender determinadas pessoas encarnadas que reclamam
o socorro do grupo, pode-se trabalhar em desobsessão exclusiva dos
trabalhadores da Casa, ou pode-se operar os casos espontâneos
programados pelos Espíritos Superiores.
REUNIÕES DE PRONTO SOCORRO ESPIRITUAL
É uma reunião espontânea em que se atende os Espíritos que são
trazidos ao grupo pelos Mentores. Espíritos de qualquer natureza
podem ser trazidos, obsessores, sofredores, etc., a depender da
programação Espiritual da preparação da equipe. Há instituições que
fazem a educação mediúnica em reuniões desta natureza, quando não as
têm específicas para tal mister.
REUNIÕES DE FLUIDOTERAPIA
Visam atender especificamente os encarnados, seja com passes ou bioenergia
ou através da atuação magnética dos Espíritos.
REUNIÕES EXPERIMENTAIS
Ainda prevalece a percepção de Kardec. Estas reuniões estão voltadas
para a obtenção do fenômeno físico e das materializações(inexistentes
ou pouco difundidas no tempo de Kardec).
REUNIÕES MISTAS
Destinam-se à exposição doutrinária(no primeiro momento) e ao socorro
mediúnico(no segundo) aos Espíritos que possam ser atendidos,
conforme o ambiente fluídico da Reunião. Estas reuniões, ao que nos
parece, são estágios provisórios de instituições em formação ou
situadas em regiões de difícil locomoção, em que as oportunidades não
se renovam com facilidade.
BIBLIOGRAFIA:
( 1) O Livro dos Espíritos - Allan Kardec - FEB
( 2) O Livro dos Médiuns - Allan Kardec - FEB
( 3) Intercâmbio Mediúnico - João Cleofas e Divaldo P. Franco - Leal
( 4) O Livro dos Médiuns - Allan Kardec - FEB
( 5) O Livro dos Médiuns - Allan Kardec - FEB
( 6) Nos Domínios da Mediunidade - André Luiz e Francisco C. Xavier
- FEB
( 7) Nos Domínios da Mediunidade - André Luiz e Francisco C. Xavier
- FEB
( 8) Mediunidade e Doutrina - Odilon Fernandes e Carlos A. Baccelli
- IDE
( 9) Diálogo com as Sombras - Hermínio C. Miranda - FEB
(10) Diálogo com as Sombras - Hermínio C. Miranda - FEB
(11) Mediunidade e Doutrina - Odilon Fernandes e Carlos Baccelli -
IDE
(12) Desobsessão - André Luiz e Francisco C. Xavier - FEB
(13) Diálogo com as Sombras - Hermínio C. Miranda - FEB
(14) Diálogo com as Sombras - Hermínio C. Miranda - FEB
(15) O Livro dos Médiuns - Allan Kardec - FEB

MEDIUNIDADE


A MEDIUNIDADE
É natural que nos comuniquemos com os espíritos desencarnados e eles conosco, porque também somos Espíritos, embora estejamos encarnados. Pelos sentidos físicos e órgãos motores, tomamos contato com o mundo corpóreo e sobre ele agimos. Pelos órgãos e faculdades espirituais mantemos contato constante com o mundo espiritual, sobre o qual também atuamos. Todas as pessoas, portanto, recebem a influência dos espíritos. A maioria nem percebe esse intercâmbio oculto, em seu mundo íntimo, na forma de pensamentos, estados de alma, impulsos, pressentimentos, etc. Mas, há pessoas em que o intercâmbio é ostensivo. Nelas, os fenômenos são marcantes, acentuados, bem característicos( psicofonia, psicografia, efeitos físicos, etc.), ficando evidente uma outra individualidade, a do Espírito comunicante. A essas pessoas, Allan Kardec denomina médiuns. Médium é uma palavra neutra, de origem latina; quer dizer medianeiro, que está no meio. De fato, o médium serve de intermediário entre o mundo físico e o espiritual, podendo ser o intérprete para o Espírito desencarnado. Mediunidade é a faculdade que permite sentir e transmitir a influência dos Espíritos, ensejando o intercâmbio, a comunicação, entre o mundo físico e o espiritual. (Faculdade: capacidade que pode ou não ser usada).
Quem apresenta perturbação é médium?
Muitas vezes, ao eclodir a mediunidade, a pessoa costuma dar sinais de sofrimento, perturbação, desequilíbrio. Firmou-se até um conceito errado entre o povo: se uma pessoa se mostra perturbada, deve ter mediunidade. Entretanto, a mediunidade não é doença, nem leva à perturbação, pois é uma faculdade natural. Se a pessoa se perturba ante as manifestações mediúnicas, é por sua falta de equilíbrio emocional e por sua ignorância do que seja a mediunidade, ou porque está sob a ação de maus Espíritos. Não se deve colocar em trabalho mediúnico quem apresente perturbações. Primeiro, é preciso ajudar a pessoa a se equilibrar psiquicamente, através de passes, vibrações e esclarecimentos doutrinários. Deve-se recomendar, também, a visita ao médico, porque a perturbação pode ter causas físicas, caso em que o tratamento será feito pela medicina. Para o desenvolvimento da mediunidade, somente deve ser encaminhado quem esteja equilibrado e doutrinariamente esclarecido e conscientizado.
Sinais Precursores
A mediunidade fica bem caracterizada, quando: - há vidência ou audição no plano fluídico; - se dá o transe psicofônico(mediunidade falante) ou psicográfico (mediunidade escrevente); - há produção de efeitos físicos onde a pessoa se encontre. Mas, nem sempre é fácil e rápido de distinguir as manifestações mediúnicas, quando, em seu início, das perturbações fisiopsíquicas. Eis alguns sinais que se não tiverem causas orgânicas, podem indicar que a pessoa tem facilidade para a percepção de fluído, para o desdobramento(que favorece o transe) ou que está sob a atuação de Espíritos: - sensação de “presenças” invisíveis; - sono profundo demais, desmaios e síncopes inexplicáveis; - sensações ou idéias estranhas, mudanças repentinas de humor, crises de choro; - “ballonement” (sensação de inchar, dilatar) nas mãos, pés ou em todo o corpo, como resultado de desdobramento perispiritual; - adormecimento ou formigamento nos braços e pernas; - arrepios de frio, tremores, calor, palpitações.(1)


Referência Bibliográfica (1) Curso de Iniciação ao Espiritismo - Cap. Mediunidade e seu Desenvolvimento - Editora e Gráfica do Lar/ABC do Interior.