domingo, 25 de janeiro de 2009

Milagre ou Fenômeno?

O que seria milagre?

A palavra milagre significa: coisa admirável, extraordinária, surpreendente. Popularmente, porém (sob a influência da teologia predominante no país), por milagres se entende: fato sobrenatural (que está além e fora da Natureza), algo inusitado e inexplicável, uma derrogação das leis na Natureza, pela qual Deus daria mostra de seu poder.
Em princípio, Deus poderia fazer milagres, pois para Ele tudo é possível. Mas não o faz, não derroga nem anula nas leis da Natureza, porque Ele mesmo as fez perfeitas e o que é perfeito não precisa ser modificado.
A demonstração da grandeza, sabedoria e poder de Deus não está em fazer milagres mas, sim, em haver criado leis tão perfeitas, que nelas tudo já está previsto e providenciado, sem nada a corrigir nem improvisar.


A explicação espírita dos milagres

Antigamente, havia muitas coisas consideradas como maravilhoso ou sobrenatural. Algumas nem eram fatos reais mas apenas crendices ou superstições sem fundamento. Outras eram fenômenos (fatos naturais) e foram consideradas milagres por estarem mal explicadas ou serem desconhecidas as suas causas.
O círculo do maravilhoso ou do sobrenatural vem diminuindo al longo dos tempos, pelo progresso do conhecimento humano, através:
- da Ciência, que revela as leis que regem os fenômenos do campo material;
- do Espiritismo, que revela e demonstra a existência dos espíritos e como agem sobre os fluidos, explicando certos fenômenos como efeitos dessa causa espiritual.
As curas realizadas por Jesus, por exemplo, foram consideradas pelo povo como milagres, no sentido que a palavra tinha na época: o de coisa admirável, prodígio.
Atualmente, o Espiritismo esclarece que os fenômenos de curas se dão pela ação fluídica, transmissão de energias, intervenção no perispírito etc. E permite examinar e compreender as curas realizadas por médiuns (espíritas ou não) ou por pessoas dotadas de excelente magnetismo. Essa explicação não diminui nem invalida as curas admiráveis, feitas por Jesus; pelo contrário, nos leva a reconhecer que Jesus tinha alto grau de sabedoria e ação para poder acionar assim as leis divinas e produzir tais fenômenos.

Em conclusão

Os fatos tidos como milagres nada mais são do que fenômenos; fenômenos que estão dentro das leis naturais; são efeitos cuja causa escapa à razão do homem comum. Podem ocorrer sempre que se conjugarem os fatores necessários para isso.
Se há coisas que parecem inexplicáveis para nós, é porque nosso grau de evolução na atualidade ainda não nos possibilita a compreensão desses fenômenos.
E se não produzimos com facilidade fenômenos como esses é porque ainda não desenvolvemos suficientemente as nossas faculdades espirituais.
Mas tudo que acontece está sempre dentro de leis divinas. Leis que, sendo perfeitas e imutáveis, não podem e nem precisam ser derrogadas, anuladas.

Os milagres que o Espiritismo faz
O Espiritismo coloca ao nosso alcance muitos recursos espirituais com os quais se torna possível acionarmos certas leis naturais e produzimos alguns fenômenos que ajudam ao próximo e a nós mesmos.
Mas quem procurar o Espiritismo somente para obter cura imediata de seus males físicos e espirituais, ou para resolver de pronto seus problemas materiais, poderá ficar decepcionado.
Porque somente se realiza o que estiver dentro das leis divinas. E o Espiritismo não tem por finalidade principal a realização de fenômenos mas, sim, o progresso moral da humanidade.
O maior milagre que o Espiritismo faz não é tirar problemas e dores do nosso caminho. É explicar-nos o porque das coisas e ensinar-nos: como podemos melhorar a nós mesmos para gerarmos efeitos felizes; como prevenir e resolver no sentido do bem; ou ainda, como suportar aquilo que, por ora, não pode ser mudado porque nos serve de expiação ou de prova.

As obras que podemos fazer

Jesus realizava coisas extraordinárias, devido, a sua grande evolução espiritual. Afirmou, porém; “aquele que crê em mim, fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou junto do Pai”. ( Jô. 14 v 12.)
De fato, Jesus apenas fez uma amostragem das realizações espirituais possíveis e, tendo ele retornado ao plano espiritual, os espíritos que continuam reencarnando na Terra poderão fazer aqui muitos fenômenos admiráveis, ainda mais que o ser humano está evoluindo e cada vez mais está aprendendo como lidar com as leis e forças do mundo espiritual.
Para realizar fenômenos espirituais, porém, é preciso ter fé.

Que é fé?

Fé é confiança quanto às coisas espirituais, convicção de que não obstante escapem aos nossos sentidos comuns (por serem invisíveis i impalpáveis), elas existem, são reais e funcionam.
A fé vem como resultado do conhecimento que se tenha a respeito das coisas espirituais. Podemos adquiri-la:
- pela observação direta de fenômenos espirituais, objetivos iu subjetivos, ocorridos conosco mesmo ou com outras pessoas;
- raciocinando sobre os fenômenos da vida universal, para deduzir deles as leis e fatos que transcendem aos nossos sentidos;
- por informações sobre as realidades espirituais que nos forem dadas por outros (encarnados ou não), que nos mereçam confiança e respeito, por sua sabedoria e autoridade moral.

Fé e ação

Para levar à ação acertada, a fé tem de ser esclarecida e bem fundamentada.
Uma fé que:
- nos permita entender quem somos, de onde viemos, porque estamos no mundo e para onde iremos após a morte; ou seja, que somos espíritos filhos de Deus, vindos do plano espiritual, aqui encarnados para progredirmos, até retornarmos ao plano de onde viemos;
- que nos mostre que podemos agir sobre as coisas e seres e como devemos faze-lo;
- que nos leve a querer fazer o bem, porque é o único caminho bom para todos;
- que nos assegure amparo e auxílio divinos para as nossas boas realizações espirituais, através de Jesus e dos bons Espíritos, seus emissários junto a nós;
- que nos de coragem para perseverar no esforço evolutivo e na prática do bem, pela certeza de que alcançaremos resultados satisfatórios, agora ou depois, aqui ou na imortalidade..
Uma fé assim é que “transporta montanhas” (Mt 17v 20), ou seja: faz suportar sofrimentos, superar dificuldades, transformar situações e pessoas.

A nossa fé

Já temos alguma fé (conhecemos alguma coisa da vida espiritual) e com essa fé, embora ainda pequena, já temos conseguido realizar alguma coisa, superar dificuldades, suportar situações.
Mas se a cultivarmos (pelo estudo, observação e exercício das coisas espirituais), nossa fé crescerá e nos permitirá fazer coisas mais difíceis e importantes, verdadeiramente admiráveis.

Tenhamos fé

Em Deus: sua bondade e poder são infinitos, não deixando nenhuma de suas criaturas ao abandono; o que for realmente bom e necessário, Deus nos concederá, se fizermos a nossa parte;
Em Jesus: como nosso Mestre espiritual, Guia de nossas almas e Luz em nosso caminho para Deus;
Nos Bons Espíritos: porque eles executam a vontade divina; dentro do que sabem e do que podem, amparam e socorrem as criaturas, conforme o merecimento ou a necessidade delas.
Em nós mesmos: confiemos em nossas forças e possibilidades, pois somos criaturas de Deus..

Livros consultados:
De Allan Kardec:
- “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, cap. XIX;
- “A Gênese”, cap. XIII.

Extraído do Livro Iniciação ao Espiritismo.

sábado, 17 de janeiro de 2009

ARGUMENTANDO SOBRE A REENCARNAÇÃO


I – Argumentos filosóficos

Sem a reencarnação, cada pessoa que nasce seria um espírito novo, criado por Deus para, numa única existência terrena, alcançar a perfeição e a felicidade espiritual, indo gozar para sempre o céu, ou, em caso contrário penar eternamente no inferno. Nesse caso:
- por que não somos hoje como os homens das cavernas?
Nosso progresso significaria que, ao longo dos séculos, Deus se aperfeiçoou na arte de criar? E seria justo os criados por último estarem gozando de melhores condições de corpo e de meio ambiente que
e os primitivos?;
- por que uns nascem saudáveis e outros enfermos? Uns inteligentes e outros débeis mentais? Uns ricos e outros miseráveis? Não sendo iguais as situações de vida, como exigir que todos alcancem os mesmos resultados?;
- quem mesmo se aplicando muito, consegue numa só vida a perfeição ( o desenvolvimento de todas as suas potencialidades e o pleno conhecimento do mundo material e espiritual) e a felicidade (por saber usar de tudo com acerto e equilíbrio, retirando os melhores efeitos?) A obra de Deus ficaria incompleta ou condenada para sempre? Não tem Ele poder para completa-la ou dirigi-la? Ou já nos criou sabendo disso, que não conseguiríamos a perfeição nessa vida única?
Então, não seria bondoso.
Com a reencarnação que se conjuga à ideia de evolução, temos conclusões inteiramente outras:
1) Deus é justo. Cria todos os seres iguais e a todos da as mesmas oportunidades.
As diferenças entre indivíduos explicam-se pelo grau de evolução em que cada ser se encontra. Uns viveram mais e por isso ostentam maior desenvolvimento intelectual e moral. Outros ou não aproveitaram bem as oportunidades de progresso ou ainda não tiveram muitas existências, por isso se apresentam em menor evolução. Diferentes são as dificuldades e problemas enfrentados pelas pessoas, porque cada qual tem uma necessidade diferente de experiências para o seu progresso atual. Mas não há acaso ou injustiça divina, nem mesmo nas diferenças devidas à:
a) Hereditariedade: dependem da ligação que o espírito tenha com a família em que renasce e das condições que tenha em seu perispírito para aproveitar, sofrer ou superar os fatores hereditários.
b) Meio ambiente: se o espírito renasce nesse meio é porque tem ligações com ele ou precisa das experiências que ele enseja, para valer-se das boas influências e superar as más.
2) Deus é bondoso. Nunca nos condena e, embora cada um receba segundo suas obras, todos terão tantas oportunidades quantas necessárias para resgatarem seus erros e evoluírem.
3) Deus é poderoso. Criou-nos para a perfeição e a felicidade e seu desígnio se cumprirá, pois todos nós as alcançaremos, através das vidas sucessivas.

II – Argumentos científicos

Conquanto em todos os lugares e povos, e em todos os tempos, haja evidências sobre a reencarnação, ainda não podemos dizer que ela esteja comprovada, segundo os atuais cânones da Ciência, que tudo reporta ao plano da matéria e precisa que os fenômenos se repitam de uma forma que possa provocar e controlar para então observá-los, entendê-los e explicá-los.
A reencarnação, porém, é um processo que transcende a vida física (embora parte dela se de no mundo material). E é, também, um processo de vida que não está nas mãos do homem fazer parar ou repetir, para observa-lo.
Porém pesquisas modernas vêm dando uma abertura neste campo e já se tem conseguido dados significativos a respeito, através de:
a) Lembranças espontâneas.
Há pessoas que, conscientemente ou em sonhos, se lembram de algumas de suas existências passadas.
O Dr. Banerjee, da Índia, e o Dr Yan Stevenson escreveu “20 casos que sugerem Reencarnação”.
b) Regressão da memória pela hipnose.
Hipnotizada, a pessoa passa a lembrar e relatar seu passado nesta encarnação e, em certos casos, chega a recordar uma ou mais existências anteriores, descrevendo fatos, acontecimentos dessas encarnações passadas. Livros tem sido escritos a respeito dessas pesquisas, como o da psicóloga americana Helen Wanbach, intitulado “Life Before Life”.
Mais recentemente, surgiu nos EUA, uma técnica psicológica, lançada pelo Dr. MOrris Netherton, para a regressão da memória a vivências passadas ( desta ou de outras encarnações) feita em estado de lucidez ( não é por hipnose) e com finalidade terapêutica. É a Terapia de Vidas Passadas (TVP), que está sendo chamada de Terapia Regressiva a Vivências Passadas (TRVP), porque nem sempre o que se detecta no paciente é da vida passada, mas desta existência.
b) Anúncios de Reencarnação futura.
Por revelações mediúnicas ou por via anímica ( percepção do próprio encarnado), às vezes são feitos anúncios de que um determinado espírito vaio reencarnar e são dados sinais preciosos para a sua identificação, quando do nascimento, o que se cumpre depois, conforme fora anunciado.

III – Argumentos religiosos

Nas tradições e na literatura religiosa de muitos povos e épocas, encontraremos o registro da ideia da reencarnação e ensinos a respeito. Mas como, aqui no Brasil, nosso povo está mais ligado as ideias religiosas da Bíblia, a ela recorreremos.
No Velho como no Novo Testamento, uma passagem em que Jesus a ensina teoricamente, outra em que indica estar reencarnado entre eles naquela época, alguém que no passado fora muito conhecido e respeitado, e uma terceira em que reafirma essa reencarnação.
1. O diálogo de Jesus com Nicodemos (João, cap 3 vs. 1 a 12.)
Neste diálogo, Jesus ensina teoricamente a reencarnação. NIcodemos pensou no mesmo corpo nascendo de novo ( o que não é possível). Jesus corrigiu esse erro: “o que é nascido da carne é carne”, o corpo segue a lei natural da decomposição da matéria; reafirmou que para “entrar no reino de Deus” (alcançar planos espirituais elevados) há necessidade de renascer tanto da água (símbolo da matéria) como do espírito; ou seja, reencarnar no mundo material mas também renovar-se intimamente, progredir.
Usou o ar (pneuma, símbolo do elemento espiritual) como comparação para explicar que sentimos a presença e manifestação do espírito reencarnado, através do seu novo corpo, mas não podemos identificar de onde veio ( o passado é providencialmente esquecido) nem apontar-lhe um futuro ( vai depender do seu livre-arbítrio).
2. Jesus afirma duas vezes que João Batista era Elias reencarnado.

a) Após dar seu testemunho sobre João Batista.
- Desde o tempo de João Batista até o presente, o reino dos céus é tomado pela força e são os que se esforçam que se apoderam dele; porque todos os profetas e a lei profetizaram até João.
E se quereis reconhecer, ele mesmo é Elias que estava para vir.
Ouça-o aquele que tiver ouvidos de ouvir. (Mateus, II, vs. 12/15.)
b) Na transfiguração.
Quando Jesus se transfigurou, apareceram ao seu lado, conversando com ele, Moisés e Elias, ambos espíritos há muito desencarnados.
As profecias diziam que Elias tinha de vir antes do Cristo...
Se Jesus era o Cristo, como é que Elias ainda estava no plano Espiritual?
Para esclarecerem essa dúvida, os discípulos perguntaram a Jesus:
- Não dizem os escribas ser preciso que antes volte Elias?
- É verdade que Elias há de vir e restabelecer todas as coisas; mas eu vos declaro que Elias já veio e eles não o reconheceram e o trataram como lhes aprouve. É assim que farão sofrer o Filho do Homem.
Então, os discípulos compreenderam que fora de João Batista que ele falara. (Mateus, 17 vs. 10/13; Marcos, 9 vs. 11/13.)

Reencarnando como João Batista, Elias voltara à Terra e fizera o seu papel de precursor do Cristo. Depois, fora decapitado e retornara ao mundo espiritual de onde agora se apresentava de novo, ao lado de Jesus e à vista dos seus discípulos, num fenômeno de materialização.

IV. Conclusões

Estudando racionalmente a teoria da reencarnação:
- encontramos argumentos ser ela uma lei divina a nos ensejar o progresso incessante (pois é porta sempre aberta aos nossos esforços evolutivos);
- verificamos que nela se evidenciam de modo sublime o poder, a justiça e a bondade de Deus.
“Nascer, Morrer, Renascer, ainda e progredir sempre, tal é a lei”. ( Frase que se encontra no dólmen do túmulo de Allan Kardec em Paris.)


Livros consultados:
De Allan Kardec:
- “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, cap IV.
- “O Livro dos Espíritos”, 2ª parte, cap IV.
Da Bíblia:
- “Novo Testamento”.
De Gabriel Delanne:
- “A Reencarnação”.
De Torres Pastorino:
- “A Sabedoria do Evangelho”, 3º e 4º volumes.


Extraído do Livro Iniciação ao Espiritismo.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Allan Kardec, o Codificador.


I. Rivail, o Educador
Seu nascimento e nome
Hippolyte Léon Denizard Rivail era seu nome (conforme livro de batismo). Nasceu a 3/10/1804, em Lião, França, de antiga família lionesa, católica, cujos antepassados se distinguiram na advocacia, na magistratura e no trato dos problemas educacionais.

Estudou com Pestalozzi
Ao redor dos 11 anos de idade, seus pais o enviaram para estudar em Yverdum, na suíça, no Instituto de Educação do célebre pedagogo Pestalozzi.
Acredita-se tenha ali estudado ( e ensinado, pois os mais aplicados eram elevados a submestres) até 1822, quando voltou à França, estabelecendo-se em Paris, como professor.

O Pedagogo
De 1824 a 1848, além de lecionar, Rivail escreveu inúmeras e importantes obras pedagógicas, especialmente sobre aritmética e gramática francesa, além de tratados sobre educação pública, tendo um deles sido premiado pela Academia Real das Ciências de Arras (1831).
Em meados de 1825, fundou e dirigiu uma “Escola de Primeiro Grau”, que funcionou até 1834, quando foi fechada por dificuldades financeiras que um seu tio lhe causara.
Passou, então alguns anos trabalhando como contabilista, dedicando, porém, as noites ao labor na área da educação, a saber:
- elaborando novos livros de ensino;
- traduzindo obras literárias ou de estudo (principalmente do alemão e do inglês, embora também conhecesse holandês, grego, latim e outros idiomas);
- preparando cursos que ministrava em escolas (inclusive sobre lógica e retórica);
- organizando e ministrando, em sua própria casa, cursos gratuitos de química, física, astronomia, fisiologia, anatomia comparada etc., para alunos carentes.
Educador emérito, caráter ilibado, exemplificava fraternidade e amor aos semelhantes. Foi homem de grande projeção na França como em outros países da Europa, sendo membro de várias sociedades sábias e tendo recebido muitos títulos e honras.

Seu casamento
Em 6/2/1832, casou-se com a Professora Amélia-Gabriele Boudet, que lhe foi companheira dedicada e valiosa colaboradora. Não tiveram filhos.

II. Como se tornou espírita

As mesas girantes
Reunindo-se em torno de mesa de três pés, as pessoas faziam perguntas a que os espíritos respondiam através de pancadas. Essa prática tornara-se moda na Europa, ao redor de 1850-52, e alcançara os salões de Paris, onde morava o Professor Rivail.
Homem de cultura geral, Rivail já se interessara pelos estudos do magnetismo animal mas foi somente a partir de 1855 que começou a ter contato com os fenômenos da “mesas girantes” e “comunicação do além-túmulo” .
Estudando os fenômenos
Convidado a presenciar os fenômenos (1854), de início o Senhor Rivail não se interessou pelo que parecia ser, simplesmente, uma diversão social.
Pela insistência de amigos, foi observá-los (maio/1855) e constatou que eram verdadeiros e devidos a uma causa inteligente; essa mesma causa revelou que eram as almas dos homens que já viveram na Terra. Pesquisando mais, verificou que os espíritos manifestantes não eram todos iguais em conhecimento e moralidade, mas que suas informações eram valiosas, como as dos viajantes que nos relatam o que puderam ver e sentir dos países onde estiveram.
Prosseguindo nesses estudos, observou os fenômenos mediúnicos em todos os aspectos. Revisou 50 cadernos de escritos mediúnicos, formulando indagações aos espíritos. Serviu-se, para tanto, de mais de dez médiuns, especialmente as Srtas. Baudin e Japhet.
Deduzindo conseqüências dos fenômenos, aplicando invariavelmente o espírito crítico e o raciocínio filosófico nos estudos e experiências (para isso tinha preparo suficiente). Formou a sua convicção “sobre a imortalidade da alma, a natureza dos espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da Humanidade – segundo os ensinos dados por espíritos superiores” constituindo a Doutrina dos Espíritos, que ele denominou Espiritismo.

III. Kardec, o Codificador
Para apresentar ao público a Doutrina Espírita, escreveu cinco livros básicos, que são chamados “o Pentateuco Espírita”:
- “O Livros dos Espíritos”, 18/4/1857;
- “O Livro dos Médiuns”, 1861;
- “O Evangelho segundo o Espiritismo”, 1864;
- “O Céu e o Inferno”, 1865;
- “A Gênese”, 1868.
Importantes também, como detalhes, argumentação e com a finalidade de divulgação mais rápida e acessível ao grande público, escreveu pequenos livros como “O Que é o Espiritismo”.
Editou, a partir de janeiro/1858, a Revista Espírita (mais antiga do mundo), que circulou até recentemente, sofreu interrupção mas voltou a ser editada.
Fundou também a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, a 1º de abril de 1858, que foi modelo de organização espírita quanto à parte mediúnica e de estudos.

O nome Allan Kardec
Para a publicação das obras espíritas, objetivando distingui-las das que produzira pelo seu próprio saber, como pedagogo, adotou o pseudônimo de Allan Kardec, nome que, conforme revelação feita, usara em encarnação anterior, ainda em solo francês, ao tempo dos druidas.

Kardec, o Codificador
Como ele mesmo diz, su aparte na obra, de revelar a Doutrina Espírita foi a de haver coletado, coordenado e divulgado os ensinos. E, por organizar os ensinos revelados pelos Espíritos formando uma coleção de leis (um código) é que Allan Kerdec foi chamado “O Codificador”.

Sua desencarnação
Foi a 31/03/1869, em Paris, pelo rompimento de um aneurisma, em pleno labor de estudos e organização de novas tarefas espíritas e assistenciais.
Agradecemos a Kardec o trabalho e dedicação de sua vida à codificação dos ensinos dos espíritos, a fim de que também pudéssemos entender melhor as leis divinas, recebendo com isso conforto, bom ânimo e esperança para nossas vidas.
Para honrar-lhe a memória, procuremos aperfeiçoarmo-nos e servir, para que todos reconheçam no Espiritismo a doutrina capaz de modificar o homem para melhor e influir benéfica e poderosamente na sociedade.
“Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua formação moral e pelos esforços que faz para domar as suas más inclinações”.
“Trabalho, solidariedade, tolerância.”


Livros consultados:
- “Vida e Obra de Allan Kardec”, André Moreil, Edicel;
- “Allan Kardec”, Deolindo Amorim, editado pelo Instituto Maria e Instituto de Cultura Espírita de Juiz de Fora;
- “Allan Kardec”, Zeus Wantuil e Francisco Thiesen, Edição FEB;
- “A Missão de Allan Kardec”, Carlos Imbassahy, Ed. F.E. do Paraná;
- “O Que é Espiritismo”, Allan Kardec,
Biografia de Kardec, feita por Henri Sausse.

Extraído do Livro Iniciação ao Espiritismo.


COMO ENTENDER II?


Em algumas Biblias introduziram a palavra Espiritismo, a fim de desmoralizá-lo, mas como isso pode ser verdade se o termo foi criado por Allan Kardec em 1857? A palavra Espiritismo, não existe nem no dicionário hebraico e nem grego, então como foi surgir na tradução em Português? Será que foi inspirada por Deus ou é má fé dos tradutores?

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

PERISPÍRITO

O que ë?
Perispírito é o envoltório semimaterial do espírito.
Também o denominam de corpo fluídico ou corpo espiritual.
Origem e natureza
O perispírito tem a sua origem no fluído cósmico universal, retirado do mundo ou plano ao qual o espírito está relacionado.
É também matéria, como o corpo de carne, mas em estado diferente, mais sutil, quintessenciada; não é rígida como a do corpo físico e, sim, flexível e expansível, o que torna o perispírito muito plasmável sob a ação do espírito.
Assim como o corpo físico, o perispírito tem uma estrutura e fisiologia, mas não tem inteligência nem autonomia. Não é, pois, “um outro ser” mas apenas um instrumento do espírito, tal como o corpo físico.
Funções
1) Liga o espírito à matéria (neste como em outros mundos) e a ele serve de instrumento para agir sobre o plano fluídico ou material.
2) 222) Guarda o registro dos efeitos de toda a ação do espírito (sede da memória).
3) 333) Permite que os espíritos se identifiquem e reconheçam uns aos outros, no plano espiritual.
4) 4) É o molde, a fôrma do ser corpóreo.

Perispírito e encarnação
O perispírito pré-existe ao corpo físico.
Para o espírito encarnar: um laço fluídico (que é uma expansão do perispírito) se liga ao óvulo fecundado e vai presidindo à multiplicação das células, uma a uma, dirigindo a formação do corpo. Quando este se completa, está inteiramente ligado ao perispírito, “molécula a molécula”.
Obeservação importante: do ponto de vista espírita, portanto, desde a fecundação do óvulo, um espírito se ligou a ele e está trabalhando para formar o corpo de que precisa para viver neste mundo e continuar sua evolução.
Sabendo disto, não provocar o aborto, para respeitar o direito de viver do espírito reencarnante, que é um nosso irmão ante Deus.
O uso de anticoncepcional é preferível ao aborto mas não deve levar ao sexo irresponsável. O sexo serve à procriação e à permuta de energias entre homem e mulher. Não deve ser induzido a mero instrumento de sensações prazerosas, nem deve ser exercitado excessiva ou promiscuamente, mas sempre com equilíbrio e responsabilidade moral.
Quem ignorava as implicações espirituais do aborto e o praticou, ou induziu à sua prática, ou de alguma forma o ajudou, procura compensar o mal feito da maneira que estiver ao seu alcance: favorecer o nascimento que antes impediu, ajudar gestantes carentes a terem seus filhos, amparar recém-nascidos, alertar e orientar quem estiver querendo praticar o aborto para que não o faça, etc.
Durante a encarnação: o perispírito serve de intermediário entre o espírito e a matéria, transmitindo ao espírito as impressões dos sentidos físicos e comunicando ao corpo as vontades do espírito.
Observação: quando o corpo é anestesiado ou sofre paralisia, não há nele sensibilidade e o perispírito nada terá a transmitir ao espírito, quanto ao setor corpóreo prejudicado.
Se houver desdobramento, o perispírito temporariamente deixa de ter contato com o corpo e, durante esse estado, pouco ou mesmo nada transmitirá do espírito ao corpo (ou vice-versa), dependendo do grau de desdobramento.

Ao desencarnar: quando o corpo morre, o perispírito dele se desprende e continua a servir ao espírito, como seu corpo fluídico que é e como seu intermediário para com o plano espiritual ou material. Preexistia ao corpo e a ele sobrevive.
“Semeia-se corpo animal, ressurge corpo espiritual”, esclarece o apóstolo Paulo, na sua I Espístola aos Corintios (cap. 15 vs. 44).
Sobrevivendo ao corpo, o perispírito vem a provar a imortalidade do espírito. É ele (e não o espírito em si) que vemos nas aparições e visões; é ele que serve de instrumento para as manifestações do espírito aos nossos sentidos.
Geralmente, a aparência que o perispírito guarda é da última encarnação; ela poderá ser modificada (se o espírito quiser e souber como fazer isso), porque a substância sutil do perispírito é maleável e plasmável.

Sua evolução
O perispírito acompanha o espírito sempre, em todas as etapas de sua evolução.
Vai se tornando mais etéreo, à medida que o espírito se aperfeiçoa e eleva. Nos espíritos puros, já se tornou tão etéreo que, para os nossos sentidos, é como se não existisse.
Conforme a evolução do espírito, seu perispírito apresentará diferente:
- peso: que o fixa a um plano de vida espiritual em companhia dos que lhe são semelhantes;
- densidade: que responde pela sua maleabilidade; a expansão do perispírito é tanto maior quanto mais rarefeito e mais sutil ele for;
- energia: que se revela na luminosidade e irradiação, maior quanto mais evoluído for o espírito. Daí a expressão “espírito de luz”, significando espírito que já apresenta considerável grau de evolução.
A contextura do perispírito não é idêntica para todos os espíritos, ainda que sejam de um mesmo mundo. Isto porque a camada fluídica que envolve um mundo não é homogênea (toda igual) e o espírito, ao formar seu perispírito, dela atrairá os fluídos mais ou menos etéreos, sutis, segundo suas possibilidades.
Espíritos inferiores tem perispírito mais grosseiro e, por isso, ficam imantados ao mundo que habitam, sem se poderem alçar a planos mais evoluídos. Alguns chegam a confundir seu perispírito (de tão grosseiro que é) com o corpo material e podem experimentar sensações comparáveis às do frio, calor, fome, etc.
Os espíritos superiores, ao contrário, podem livremente ir a outros mundos, fazendo mutações em seu perispírito, para adapta-los ao tipo fluídico do mundo aonde vão.

Livros consultados:
De Allan Kardec:
- “A Gênese, caps, VI, XI e XIV:
- “O Livros dos Espíritos”, perguntas 93-95, 150-152, 155, 186-187;
- “O Livros do Médiuns”, cap. I.
De Leon Denis:
- “Depois da Morte, cap. XXI.

Extraído do Livro Iniciação ao Espiritismo.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

COMO ENTENDER?

Prezados visitante:
Gostaria de fazer um comentário, é sobre a Biblia. Ela é considerada por muitos como a Palavra de Deus, foi inspirada diretamente por Ele.
Mas sem querer zombar e nem desprezar, apenas analisar com a razão que Deus nos concedeu, vejamos o seguinte:
Bem nela diz que Elias, foi arrebatado em carne, osso e sangue (enfim não passou pela morte), aos céus, mas nela também diz que o sangue e a carne não podem herdar o reinos dos céus. Se diz também que a carne de nada serve.
Então como conciliar isso?

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

AÇÃO DOS ESPÍRITOS SOBRE OS FLUIDOS

Os espíritos vivem numa atmosfera fluídica (de fluídos).
Dela extraem o que lhes é necessário e agem sobre os fluídos do seu ambiente. (Comparativamente: na Terra estamos envoltos pela atmosfera e vivemos em meio a substâncias materiais, que usamos e sobre ela agimos).
Agindo sobre os fluídos, os espíritos influem: sobre si mesmos e sobre os outros espíritos: sobre o mundo fluídico e sobre o mundo material.
Como agem?
É com o pensamento e a vontade que o espírito age sobre os fluídos.
Ele dirige os fluídos, aglomera-os, dá-lhes forma, aparência, cor e pode, até, mudar suas propriedades.
É a grande oficina ou laboratório da vida espiritual.
A ação dos espíritos sobre os fluídos pode ser inconsciente porque basta pensar e sentir algo para causar efeitos sobre eles.
Mas também pode o espírito agir conscientemente sobre os fluídos, sabendo o que realiza e como o fenômeno se processa.
Qualidade dos fluídos
Os fluídos em si são neutros. O tipo dos pensamentos e sentimentos do espírito é que lhes imprime determinadas características.
Fluídos bons são resultantes de pensamentos e sentimentos nobres, puros.
Fluídos maus são resultantes de pensamentos e sentimentos inferiores, incorretos, impuros.
Os fluídos iguais se combinam; os fluídos contrários se repelem; os fracos cedem aos mais fortes; os bons predominam sobre os maus.
Os fluídos se reforçam em suas qualidades boas ou más pela reiteração do impulso correspondente que recebem dos espíritos.
As condições criadas pela ação do espírito nos fluídos podem ser modificadas por novas ações do próprio espírito ou por ações de outros espíritos.
Efeitos no perispírito e no corpo
O perispírito absorve com facilidade os fluídos externos porque tem idêntica natureza (também é fluídico).
Absorvidos, os fluídos agem sobre o perispírito, causando bons ou maus efeitos, conforme seja a sua qualidade.
No caso de um espírito encarnado (como nós) o perispírito, por sua vez, irá reagir sobre o organismo físico, com o qual está em completo contato molecular. E, então:
- se os fluídos forem bons, produzirão no corpo uma impressão salutar, agradável;
- se forem fluídos maus, a impressão é penosa, de desconforto.
Se a atuação de fluídos maus, for insistente, intensa e em grande quantidade, poderá determinar desordens físicas (certas moléstias não tem outra causa, senão esta).
Os bons fluídos, ao contrário, podem curar.
Aura
Com os seus pensamentos e sentimentos habituais, o espírito (encarnado ou não) influi sobre os fluídos do seu perispírito e lhes dá características próprias. Está sempre emanando esses fluídos, que o envolvem e acompanham em todos os movimentos.
É a sua aura, a sua “atmosfera individual”.
Na aura do encarnado, a difusão dos campos energéticos que partem do perispírito envolve-se com o manancial de irradiações das células do corpo. NO desencarnado, a aura é resultante apenas das emanações perispirituais.
Conforme o tipo fluídico, as auras se harmonizam ou se repelem.
Sintonia e brecha
Pelo modo de sentir e pensar:
- estabelecemos um ajuste de comprimento de onda vibratória entre nós e os que pensam e sentem igual a nós; ou seja, entramos em sintonia com eles;
- produzimos um certo tipo de fluídos e os espíritos que produzam fluídos semelhantes poderão, então “combinar” seus fluídos com os nossos, pois estabelecemos afinidade fluídica.
Quando oferecemos sintonia e combinação de fluídos para o mal, dizemos que estamos dando “brecha” aos espíritos inferiores.
Vigilância e oração evitam ou corrigem a influência negativa de outros sobre nós ou de nós sobre outrem (aliás é um conselho de Jesus – Orai e Vigiai).
O passe
É uma transmissão voluntária e deliberada de fluídos benéficos, de uma pessoa para outra.
Seu efeito é:
- bom, quando o paciente está receptivo e assimila bem os fluídos transmitidos; daí a necessidade de um preparo prévio da mente, da fé e da oração para estar apto a receber bem o passe;
- duradouro, quando o paciente mantém (pela boa conduta, pensamento e sentimento) o estado melhor que alcançou com o passe.
Se a pessoa não modificar para melhor o seu modo de agir, voltará a sofrer desgaste fluídico e desequilíbrio espiritual. “Não peques mais, para que não te suceda algo pior”. (Jesus, Jô. 4:14.)
Não é justo que fiquemos recebendo passes, que o próximo de boa vontade nos dá, e gastando essas forças, sem responsabilidade, sem nos esforçarmos por manter equilíbrio físico e moral.
Só devemos pedir passe quando não pudermos, por nós mesmos, pelos nossos pensamentos e vontade, prece e atos bons, produzir fluídos melhores para nós mesmos.


Livros consultados:
De Allan Kardec:
- “A Gênese”, cap. XIV, itens 13 a 21.
De André Luiz:
- “Missionários da luz”, cap. XIX.


Extraído do livro Iniciação ao Espiritismo.

Tudo é possível àquele que crê


Tudo é possível àquele que crê
Você é uma pessoa otimista? Acredita que tudo pode se resolver com esforço, calma e perseverança?

Ou você já desacredita de muitas coisas? Acha que existem muitas situações contra as quais não adianta lutar?

O Apóstolo Marcos registrou em seu Evangelho que tudo é possível ao que crê. Será mesmo?

Narra uma antiga lenda que, na Idade Média, havia um homem extremamente religioso. Pois aconteceu que um crime bárbaro agitou a cidade. Uma mulher fora brutalmente assassinada.

O autor era uma pessoa influente do reino. Por isso mesmo, logo se tratou de procurar alguém em quem pudesse ser colocada a culpa.

O homem religioso foi o escolhido e levado a julgamento. Ao ser preso, ele pressentiu que não poderia se salvar. Seu destino seria a forca. Tudo conspirava contra ele.

Sabia que o desejavam culpar. O próprio juiz estava com tudo acertado para simular um julgamento e o condenar.

Resolveu orar, rogando socorro e inspiração para enfrentar o interrogatório e sair-se bem.

Em certo momento, o juiz lhe propôs o seguinte: Por ser um homem de profunda religiosidade, vou deixar que o Senhor Deus decida o seu destino.

Vou escrever em um pedaço de papel a palavra “culpado” e em outro a palavra “inocente”. Você sorteará um dos papéis. O que você escolher, será o seu veredito. Deus decidirá a sua sorte.

O pobre homem suou frio. De imediato ele percebeu que uma armadilha lhe estava sendo preparada. Naturalmente, o juiz, que o desejava condenar, prepararia os dois papéis com a mesma e única palavra: culpado.

Como ele poderia se salvar? Não havia alternativa. Nenhuma saída.

O juiz, finalmente, colocou os dois papéis sobre a mesa e mandou o acusado escolher um deles. Um enorme silêncio se fez na sala.

Podia-se ouvir a respiração acelerada do acusado. Todas as cabeças presentes se voltavam para ele, à espera da sua escolha. Sua decisão.

O homem pensou alguns segundos. Depois, aproximou-se confiante da mesa, estendeu a mão e pegou um dos papéis. Rapidamente o colocou na boca e o engoliu.

Os presentes ao julgamento reagiram indignados com a atitude dele.

Como saber agora qual o seu veredito?

Simples, respondeu ele. Basta olhar o outro pedaço de papel. O que sobrou em cima da mesa. Naturalmente, aquele que eu engoli é o contrário.

Imediatamente, o homem foi libertado.
* * *
A esperança sempre acalma o desespero e contorna a dificuldade. A sua voz nunca pára de cantar. A sua música abençoada luariza a noite do sofrimento, acalmando o infortúnio.

Ninguém consegue avançar, nos caminhos rudes da vida, sem a sua presença.

Ninguém a pode dispensar.

Onde quer que apareça, a esperança altera a paisagem, inspirando coragem, tudo embelezando com cor, perfume e beleza.


Redação do Momento Espírita com base em história de autoria ignorada e no cap. 19 do livro Perfis da vida, pelo Espírito Guaracy Paraná Vieira, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal. Em 05.01.2009.

LIVRE-ARBÍTRIO E PROGRESSO


Livre-Arbítrio e determinismo Livre-Arbítrio é a liberdade de ajuizar, de pensar e, consequentemente, de escolher como agir; é a resolução dependente só da vontade. O espírito (encarnado ou não) tem livre-arbítrio. De outro modo, ele não teria responsabilidade pelo mal que praticasse, nem mérito pelo bem que fizesse. O livre-arbítiro é relativo à evolução do ser. Nas primeiras fases da evolução anímica, o espírito quasenão tem livre-arbíitrio, está mais sujeito ao determinismo, porque, criado simples e ignorante, não tem experiência nem conhecimento ainda, e, assim, não tem capacidade de melhor avaliação e escolha. Nessa fase, Deus, através dos espíritos mais elevados, supre-lhe a inexperiência, traçando-lhe o caminho que deve seguir. O espírito é, então, colocado dentro de situações que não foram por ele escolhidas mas, sim, planejadas pelos orientadores espirituais, a fim de estimular o seu desenvolvimento intelctual e moral. Por exemplo: é submetido ao instinto, que guia o ser aos atos necessários à sua conservação e à da sua espécie. À medida que evolui, porém, quando começa a adquirir experiência e desenvolver suas faculdades, o espírito passa, também, a ter alguma liberdade de escolha. Esse livre-arbítrio irá crescendo cada vez mais, quanto mais evolua o espírito, até não mais ficar submetido a determinismo algum. Mesmo porque, aperfeiçoado, o espírito entende o plano divino e com ele coopera voluntariamente: Jesus: "Eu não busco a minha vontade e, sim, a daquele que me enviou". (Jo. 5 v. 30.) O determinismo em nossas vidas Determinismo é o acontecimento de fatos que afetam o indivíduo, influem sobre ele sem que tenha livre-arbítrio, sem que possa ajuizar e escolher. Apesar de nossa evolução (já somos seres nas escala humana), ainda estamos sujeitos a algum determinismo. Ainda temos condições que nos são impostas pela Providência Divina, visando a continuidade obrugatória de nosso progresso. Ex.: encarnar e desencarnar (Jesus já trnscendia a isso, Jo. 10:17/18), habitar um determinado mundo, enfrentar certo tipo de provas. Podemos dizer, também, que é um determinismo divino recebermos, querendo ou não, as consequências de nossos atos (bons ou maus). Nesse caso, já tivemos o nosso livre-arbítrio ao agir e, agora, a lei divina nos determina colher o resultado do que semeamos. Em certos acontecimentos muito importantes em nossa vida, capazes de influir muito na nossa evolução e que não os provocamos nem tivemos oportunidade correta de escolha, podemos subentender o determinismo de uma expiação ou a necessidade de uma prova programada para nós pela providência divina. Ex.: as grandes dores, posição social ou condições físicas em que nascemos, o encontro com pessoas relacionadas ao nosso destino. Mas, em qualquer desses casos, temos liberdade para escolher o modo como enfrentar e reagir a esses acontecimentos, pois não há fatalidade nos atos da vida moral. Ninguém é arrastado irresistivelmente para o mal; ninguém pratica o mal porque assim está determinado. A situação, o problema, a circunstância se apresentam; mas a decisão de como agir é do espírito; o bem ou o mal que fazemos é, pois, sempre responsabilidade nossa. Livre-arbítrio e progresso Nosso progresso se faz no campo do intelecto e no campo moral. Começa com o desenvolvimento intelectual. Conhecer é o primeiro passo no progresso; pelo intelecto é que tomamos conhecimento das coisas, pessoas, situações, causas e efeitos das ações. Nem sempre há necessidade de experiência direta, pessoal; observando também se aprende, se conhece. Que, em sequência, engendra, produz, gera o progresso moral. Conhecendo, podemos compreender pelos efeitos, o que é o bem e o que é o mal; então, escolhemos já com conhecimento de causa o que vamos fazer. Entramos, assim, no campo moral, porque a inteligência, desenvolvida, aumentou nossa possibilidade de escolha; aumentando o livre-arbítrio, aumenta, também, a responsabilidade. O progresso moral decorre, pois, do progresso intelectual. Mas nem sempre o segue imediatamente. O homem não passa subitamente da infância à madureza. Nem o espírito passa, também, de súbito, de um estado a outro. Para entender se um ato é mesmo obm ou mau, é preciso que conheçamos seus efeitos mais ampla e longamente. Há coisas que de momento, parecem boas mas depois revelam-se más ( ex.: tentações). Às vezes, demoramos a estabelecer conotação entre uma causa e efeito, por isso erramos repedidamente (ex.: vício de fumar). Enquanto estamos conhecendo (fase experimentação), às vezes aplicamos a inteligência para a prática do mal, pensando que é um bem. Mesmo havendo entendido que certo modo de agir é mau, teremos de lutar contra o hábito de pratiá-lo que havíamos cultivado. Mas, ao final, pelo melhor entendimento, abandonaremos o mal e faremos apenas o bem. O progresso é determinação divina (uma das leis naturais). Por esse determinismo divino, o espírito evolui até a perfeição sem nunca retroceder. O espírito pode estacionar temporariamente em seu progresso, se não usar ou usar mal as suas faculdades; mas nunca retrocede, pois jamais perde sua natureza, nem suas qualidades e conhecimentos adquiridos. O progresso dos espíritos é desigual, justamente porque depende do livre-arbítrio de cada um (depende de como se encara e aproveita ou não as experiências e de como se reage ao que nos acontece). A meta final é a perfeição, ou seja, o desenvolvimento de nossas faculdades no mais alto grau que podemos conceber. Os espíritos a ela irão chegando mais ou menos rapidamente, de acordo com o seu empenho pessoal em progredir e a sua aceitação à vontade de Deus. Livros consultados: - "O Céu e o Inferno", 1ª parte, cap. III; - "O Livro dos Espíritos", 2ª parte, caps. I e VI e 3ª parte cps. VIII e X. Extraído do livro Iniciação ao Espiritismo

domingo, 4 de janeiro de 2009

VIGILÂNCIA CRISTÃ

I. A recomendação de Jesus
"Vigiai e orai, para não cairdes em tentação", recomendou Jesus (Mateus, 26;41).
Vigiar, no caso, significa estar alerta, atento, observando cuidadosamente o que se passa.
O que Vigiar?
A recomendação de Jesus é, sem dúvida, quanto ao aspecto espiritual. Somos, fudamentalmente, espíritos mas estamos ligados ao plano material. Portanto, devemos estar alerta, vigilantes, com a própria vida, em relação a tudo e a todos.
Como vigiar?
Observando e analisando, do ponto de vista espírita, no entendimento cristão, os pensamentos, sentimentos, palavras e atos, tanto os nossos (principalmente) como também os dos outros (encarnados e desencarnados).
Para que vigiar?
"Para não cairdes em tentação", explica Jesus. Ou seja, para não ceder à instigação ou estímulo para o que for mau. Não é para conhecer e criticar nem para temer ou agredir, mas para procurar evitar o erro ou corrigi-lo.
Vigiemos, pois. Estejamos atentos:
1) A nós mesmos
a) Para não ensejarmos sintonia mental ou afinidade fluídica com os espíritos inferiores, encarnados ou não.
Ex.: Atrações infelizes no campo do sexo ou da ambição, etc. e que podem, até, vir a ocasionar obsessão.
b) Para não gerar dificuldades ou complicações.
Ex.: Preguiça gerando pobreza, irritação constante produzindo doença.
c) Para não provocar reações más em nossos semelhantes.
Ex.: Violência que suscita desejo de revanche, exploração que traz a revolta e o ódio.
d) Para não errarmos na resposta a dar aos estímulos e provas naturais que a vida terrena nos enseja.
Ex.: Fazer o bem e não reagir ao mal com o mal.
2) Aos outros
a) Para não acompanharmos seus erros, não aceitarmos suas sugestões más;
b) Para não deixarmos que nos prejudiquem moral e espiritualmente;
c) Para ajudá-los no que pudermos, se notarmos que precisam de algo material ou espiritualmente.
3) A tudo com que estivermos relacionados
Para corrigir o que estiver errado e desenvolver e aperfeiçoar o que estiver certo em favos de todos.
II. Vícios e paixões
Vício é todo ato prejudicial que nos desvia de nossas corretas funções, seja em que setor de atividade for, causando desgaste de energia e perda de tempo, sem produzir o bem e o progresso.
Paixão é o excesso ou descontrole nos sentimentos e nas emoções.
Devemos comandar nossas necessidades e sentimentos. A partir do momento em que eles é que passem a nos dirigir, estaremos escravizados sob o vício ou a paixão.
Excessos na vida corpórea causam efeitos prejudiciais no campo fluídico. André Luiz examinou alguns casos assim:
a) Sexo: Desregramentos sexuais produziriam bacilos psíquicos que influíam sobre as céluas geradoras, chegando a aniquilá-las.
b) Álcool, fumo e tóxicos: Seu uso produzindo fluídos venenosos que abalaram o sistema nervoso e lesaram funções orgânicas. Quando abusivo, esse uso estabelece dependência e acarreta consequências muito danosas.
c) Alimentação: - Excessos alimentares criaram parasitos fluídicos, além das alterações sofridas pelo que fora ingerido, prejudicando todo o aparelho digestivo, ficando evidente que se deve evitar a gula.
Obs.: Em dia de estudos e práticas espirituais, para se estar bem disposto fisicamente, não desgastado nas energias, e poder estar bem assistido espiritualmente, deve-se evitar quaisquer vícios ou excessos. A refeição que procede a reunião espiritual deve ser leve.
III. O corpo como um templo
"Derrubai este templo e em três dias eu o reconstruirei", afirmou Jesus. Referia-se ao seu próprio corpo, pois somente o usava para servir a Deus, cumprir as leis divinas.
Façamos também de nosso corpo um templo para o Senhor. É instrumento abençoado para aprendizado, resgate, serviço e comunicação com o próximo. Vigiemos o uso que fazemos dele. Evitemos prejudicá-lo com desvios ou excessos de qualquer tipo.
IV. As virtudes
Virtude é "a disposição firme e constante para a prática do bem", inclusive em favos do próximo, sem interesse pessoal nem intenção oculta.
Cultivemos a mansuetude, a humildade, a honestidade, abondade, a sinceridade, a lealdade, a perseverança, a fé, enfim todas as qualidades morais que exornam o caráter de uma pessoa de bem.
Também existe virtude em nós "toda vez que há resistência voluntária ao arrastamento às más tendências".
V. A oração
Orar é comunicar-se com o plano espiritual superior, estabelecer ligação com ele. Para orar, não basta mover os lábios, produzir sons. É preciso elevar pensamentos e sentimentos, com toda convicção e fervor. Então, a oração alcança a fonte das bênçãos divinas, trazendo-nos em resposta o benefício necessário e possível para a nossa sustentação na senda evolutiva.
Vigiemos e oremos, constantemente, porque a oração e a vigilância asseguram a nossa integridade e o nosso bem estar, do corpo e da alma.

LIVROS CONSULTADOS
De Allan Kardec:
- "O Evangelho Segundo o Espiritismo", cap XVII, "O Homem de Bem".
De André Luiz: (psicografia de Francisco C. Xavier)
- "Missionários da Luz "- Cap. 3 - Desenvolvimento Mediunico.
Extraido do Livro - Iniciação ao Espiritismo.

O Espiritismo perante a ciência

O Espiritismo, em nossa sociedade, costuma ser associado a comunicações com Espíritos e também à noção de crença religiosa. Os aspectos filosófico e científico da Doutrina, explicitados por Kardec em suas obras, pouco são lembrados.

A falta de atenção a eles por muitas casas, que também privilegiam uma visão religiosa da Doutrina, contribui para torná-los bastante incompreendidos, não só pelas pessoas que desconhecem ou mesmo combatem as idéias espíritas, como pelos próprios adeptos. E, em parte por causa disso, o Espiritismo ainda encontra uma grande resistência para ser aceito, especialmente como ciência.

Cabem aqui algumas observações sobre o que o senso comum entende por ciência e nos equívocos dessa concepção, que conduzem a uma percepção ilusória do significado dos dados da ciência “oficial” e a considerar-se o Espiritismo como não-científico.

Quando falamos em ciência “oficial”, referimo-nos àquela que domina os meios acadêmicos, de cunho materialista, e não à ciência espírita.

O primeiro equívoco reside na idéia muito difundida de que a ciência sempre parte da observação de fenômenos ou estados de coisas. As teorias seriam elaboradas a partir de um grande número de observações ou experimentos, sob ampla variedade de condições. E, assim, todo o conhecimento apontado como científico teria sido experimentalmente comprovado e gozaria de inquestionável autoridade.

O problema aqui surge ao assumir-se que um evento que se repete uma grande quantidade de vezes ocorrerá todas as vezes que as mesmas condições se repetirem, sem exceções.



Tal conclusão não é logicamente válida. Algo diferente sempre pode ocorrer, num futuro próximo ou distante, desmentindo uma afirmação amplamente aceita no meio científico.

Isso significa entre outras coisas que, ao contrário do que comumente se pensa, chamar algo de “científico” não equivale a dizer que é “verdadeiro”. Pode-se dizer que científico é tudo aquilo que se encaixa em certos padrões metodológicos admitidos pela comunidade científica, embora não reflita necessariamente a verdade última sobre o assunto.

Além disso, no tocante à observação, ocorre que muito do que a ciência estuda hoje em dia nunca foi realmente observado e resulta de elaborações puramente teóricas. É o caso da Lei da Inércia*, cujas condições ideais de funcionamento jamais poderiam ser reproduzidas num experimento e, no entanto, permanece irrefutável desde Isaac Newton até nossos dias.

O segundo equívoco da visão mais popularizada da ciência diz respeito à confiabilidade e à objetividade absolutas das teorias científicas baseadas na observação. A confiabilidade absoluta na observação foi parcialmente desqualificada como fundamento seguro para o conhecimento científico, no parágrafo acima.

Quanto à objetividade, que significaria ausência das condições particulares e subjetivas do cientista do processo da pesquisa e elaboração da ciência, é também utópica. A formação, as crenças e valores do cientista influenciam, sim, sua observação e sua interpretação dos fatos. Uma amostra disso é o debate, bastante acirrado atualmente nos Estados Unidos, entre cientistas ateus ou céticos e seus colegas religiosos.

Ambos os grupos defendem diferentes histórias para a origem e o destino do Universo, cada qual com suas explicações e justificativas “científicas” próprias.

A atividade científica nunca é isenta de pressupostos e, tampouco, o cientista está apto a conhecer e avaliar os fatos sem pré-julgamentos ou pré-conceitos.

De fato, quando o cientista observa um fato, ele já traz expectativas que podem se confirmar ou não.

Da mesma forma, aquilo que ele observa será interpretado dentro de um quadro conceitual previamente estabelecido, dentro de uma forma de pensar a realidade.

Logo, as posições de diferentes cientistas sobre um determinado assunto podem divergir e efetivamente divergem, sendo muitas vezes difícil decidir por uma delas em detrimento da outra.

Isso se torna ainda mais evidente quando analisamos o terceiro equívoco, que é crer que ocorre na ciência um progresso cumulativo, isto é, que os novos conhecimentos se somam aos anteriores e são sempre compatíveis com eles.

De fato, as descobertas científicas apontam para diferentes dados e informações, nem sempre convergentes para uma única visão de realidade.

O que ocorre então é uma escolha, por parte da comunidade científica, baseada em critérios diversos. A teoria escolhida será, então, uma entre pelo menos duas possíveis.

Há ainda um dado importante acerca da abordagem que a ciência faz de seus objetos de pesquisa.

É inevitável que os objetos percebidos, ao se tornarem alvo da pesquisa científica, sofram uma simplificação ou redução aos seus aspectos apreciáveis dentro do método utilizado.

Com isso, parte importante das propriedades sensíveis e particularidades dos fenômenos acaba sendo desprezada em favor de uma esquematização e da tabulação de dados passíveis de serem apreendidos pelo estudo em curso. O que o cientista aprecia em seu trabalho, portanto, não é a realidade em si, mas um recorte da realidade.

Por isso, embora a ciência “oficial” tenha como propósito alcançar uma compreensão cada vez mais verossímil dos fatos, e embora os cientistas cumpram seu papel com seriedade e dedicação, muita coisa continua fora de seu campo de observação.

Seja por impossibilidade de enxergar aquilo que é ainda incapaz de conceber como plausível, seja por opção de uma maioria de cientistas, seja por não se encaixarem nos métodos e regras utilizados no presente, os fenômenos anímicos e mediúnicos, o Espírito e a imortalidade, continuam invisíveis para a ciência dita oficial.

E isso não se dá porque tais fenômenos e a realidade espiritual não existam ou não sejam passíveis de comprovação e análise. Aliás, tais comprovações e análises já são realizadas nos parâmetros da ciência espírita, a qual tem seus próprios valores, regras e métodos apropriados à investigação do Espírito e suas implicações.


* A Lei da Inércia postulada por Isaac Newton diz que um corpo tende a manter-se imóvel ou em movimento uniforme, desde que nenhuma força atue sobre ele. Como não existe lugar no universo absolutamente livre da ação de alguma força, a verificação experimental deste fato continua impossível.

Rita Foelker

SEMEADURA

"Mas, tendo sido semeado, cresce" - Jesus
(Marcos, 4:32)

É razoavel que toodos os homens procurem compreender a substância dos atos que praticam nas atividades diárias. Ainda que estejam obedecendo a certos regulamentos do mundo, que os compelem a determinadas atitudes, é imprescindível examinar a qualidade de sua contribuição pessoal no mecanismo das circunstâncias , porquanto é da Lei de Deus que toda semeadura se desenvolva.
O bem semeia a vida, o mal semeia a morte. O primeiro é o movimento evolutivo na escala ascencional para a Divindade, o segundo é a estagnação.
Muitos Espíritos, de corpo em corpo, permanecem na Terra com as mesmas recapitulações durante milênios. A semeadura prejudicial conidicionou-os à chamada "morte no pecado". Atravessam os dias resgatando débitos escabrosos e caindo de novo pela renovação da sementeira indesejável. A existência deles constitui largo círculo vicioso , porque o mal os enraíza ao solo ardente e árido das paixões ingratas.
Somente o bem pode conferir o galardão da liberdade suprema, representado a chave única suscetível de abrir as portas sagradas do infinito à alma ansiosa.
Haja, pois, suficiente cuidado em nós, cada dia, porquanto o bem ou o mal, tendo sido semeados, crescerão junto de nós , de conformidade com as leis que regem a vida.

Emmanuel.

Livro: Caminho, Verdade e Vida.
Psicografia: Francisco Cândido Xavier.
Editora: FEB

Boas Vindas


Aos amigos visitantes deste Blog, quero deixar os meus agradecimentos. Nele postaremos, artigos, textos,..entre outros relacionados ao Espiritismo, como também na defesa do mesmo, contra os detratores. É um humilde Blog, mas o qual poderá abrir espaço para a fé raciocinada, a qual se encontra por muitos, obstruída pela fé cega.