domingo, 4 de janeiro de 2009

VIGILÂNCIA CRISTÃ

I. A recomendação de Jesus
"Vigiai e orai, para não cairdes em tentação", recomendou Jesus (Mateus, 26;41).
Vigiar, no caso, significa estar alerta, atento, observando cuidadosamente o que se passa.
O que Vigiar?
A recomendação de Jesus é, sem dúvida, quanto ao aspecto espiritual. Somos, fudamentalmente, espíritos mas estamos ligados ao plano material. Portanto, devemos estar alerta, vigilantes, com a própria vida, em relação a tudo e a todos.
Como vigiar?
Observando e analisando, do ponto de vista espírita, no entendimento cristão, os pensamentos, sentimentos, palavras e atos, tanto os nossos (principalmente) como também os dos outros (encarnados e desencarnados).
Para que vigiar?
"Para não cairdes em tentação", explica Jesus. Ou seja, para não ceder à instigação ou estímulo para o que for mau. Não é para conhecer e criticar nem para temer ou agredir, mas para procurar evitar o erro ou corrigi-lo.
Vigiemos, pois. Estejamos atentos:
1) A nós mesmos
a) Para não ensejarmos sintonia mental ou afinidade fluídica com os espíritos inferiores, encarnados ou não.
Ex.: Atrações infelizes no campo do sexo ou da ambição, etc. e que podem, até, vir a ocasionar obsessão.
b) Para não gerar dificuldades ou complicações.
Ex.: Preguiça gerando pobreza, irritação constante produzindo doença.
c) Para não provocar reações más em nossos semelhantes.
Ex.: Violência que suscita desejo de revanche, exploração que traz a revolta e o ódio.
d) Para não errarmos na resposta a dar aos estímulos e provas naturais que a vida terrena nos enseja.
Ex.: Fazer o bem e não reagir ao mal com o mal.
2) Aos outros
a) Para não acompanharmos seus erros, não aceitarmos suas sugestões más;
b) Para não deixarmos que nos prejudiquem moral e espiritualmente;
c) Para ajudá-los no que pudermos, se notarmos que precisam de algo material ou espiritualmente.
3) A tudo com que estivermos relacionados
Para corrigir o que estiver errado e desenvolver e aperfeiçoar o que estiver certo em favos de todos.
II. Vícios e paixões
Vício é todo ato prejudicial que nos desvia de nossas corretas funções, seja em que setor de atividade for, causando desgaste de energia e perda de tempo, sem produzir o bem e o progresso.
Paixão é o excesso ou descontrole nos sentimentos e nas emoções.
Devemos comandar nossas necessidades e sentimentos. A partir do momento em que eles é que passem a nos dirigir, estaremos escravizados sob o vício ou a paixão.
Excessos na vida corpórea causam efeitos prejudiciais no campo fluídico. André Luiz examinou alguns casos assim:
a) Sexo: Desregramentos sexuais produziriam bacilos psíquicos que influíam sobre as céluas geradoras, chegando a aniquilá-las.
b) Álcool, fumo e tóxicos: Seu uso produzindo fluídos venenosos que abalaram o sistema nervoso e lesaram funções orgânicas. Quando abusivo, esse uso estabelece dependência e acarreta consequências muito danosas.
c) Alimentação: - Excessos alimentares criaram parasitos fluídicos, além das alterações sofridas pelo que fora ingerido, prejudicando todo o aparelho digestivo, ficando evidente que se deve evitar a gula.
Obs.: Em dia de estudos e práticas espirituais, para se estar bem disposto fisicamente, não desgastado nas energias, e poder estar bem assistido espiritualmente, deve-se evitar quaisquer vícios ou excessos. A refeição que procede a reunião espiritual deve ser leve.
III. O corpo como um templo
"Derrubai este templo e em três dias eu o reconstruirei", afirmou Jesus. Referia-se ao seu próprio corpo, pois somente o usava para servir a Deus, cumprir as leis divinas.
Façamos também de nosso corpo um templo para o Senhor. É instrumento abençoado para aprendizado, resgate, serviço e comunicação com o próximo. Vigiemos o uso que fazemos dele. Evitemos prejudicá-lo com desvios ou excessos de qualquer tipo.
IV. As virtudes
Virtude é "a disposição firme e constante para a prática do bem", inclusive em favos do próximo, sem interesse pessoal nem intenção oculta.
Cultivemos a mansuetude, a humildade, a honestidade, abondade, a sinceridade, a lealdade, a perseverança, a fé, enfim todas as qualidades morais que exornam o caráter de uma pessoa de bem.
Também existe virtude em nós "toda vez que há resistência voluntária ao arrastamento às más tendências".
V. A oração
Orar é comunicar-se com o plano espiritual superior, estabelecer ligação com ele. Para orar, não basta mover os lábios, produzir sons. É preciso elevar pensamentos e sentimentos, com toda convicção e fervor. Então, a oração alcança a fonte das bênçãos divinas, trazendo-nos em resposta o benefício necessário e possível para a nossa sustentação na senda evolutiva.
Vigiemos e oremos, constantemente, porque a oração e a vigilância asseguram a nossa integridade e o nosso bem estar, do corpo e da alma.

LIVROS CONSULTADOS
De Allan Kardec:
- "O Evangelho Segundo o Espiritismo", cap XVII, "O Homem de Bem".
De André Luiz: (psicografia de Francisco C. Xavier)
- "Missionários da Luz "- Cap. 3 - Desenvolvimento Mediunico.
Extraido do Livro - Iniciação ao Espiritismo.

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