terça-feira, 6 de janeiro de 2009

AÇÃO DOS ESPÍRITOS SOBRE OS FLUIDOS

Os espíritos vivem numa atmosfera fluídica (de fluídos).
Dela extraem o que lhes é necessário e agem sobre os fluídos do seu ambiente. (Comparativamente: na Terra estamos envoltos pela atmosfera e vivemos em meio a substâncias materiais, que usamos e sobre ela agimos).
Agindo sobre os fluídos, os espíritos influem: sobre si mesmos e sobre os outros espíritos: sobre o mundo fluídico e sobre o mundo material.
Como agem?
É com o pensamento e a vontade que o espírito age sobre os fluídos.
Ele dirige os fluídos, aglomera-os, dá-lhes forma, aparência, cor e pode, até, mudar suas propriedades.
É a grande oficina ou laboratório da vida espiritual.
A ação dos espíritos sobre os fluídos pode ser inconsciente porque basta pensar e sentir algo para causar efeitos sobre eles.
Mas também pode o espírito agir conscientemente sobre os fluídos, sabendo o que realiza e como o fenômeno se processa.
Qualidade dos fluídos
Os fluídos em si são neutros. O tipo dos pensamentos e sentimentos do espírito é que lhes imprime determinadas características.
Fluídos bons são resultantes de pensamentos e sentimentos nobres, puros.
Fluídos maus são resultantes de pensamentos e sentimentos inferiores, incorretos, impuros.
Os fluídos iguais se combinam; os fluídos contrários se repelem; os fracos cedem aos mais fortes; os bons predominam sobre os maus.
Os fluídos se reforçam em suas qualidades boas ou más pela reiteração do impulso correspondente que recebem dos espíritos.
As condições criadas pela ação do espírito nos fluídos podem ser modificadas por novas ações do próprio espírito ou por ações de outros espíritos.
Efeitos no perispírito e no corpo
O perispírito absorve com facilidade os fluídos externos porque tem idêntica natureza (também é fluídico).
Absorvidos, os fluídos agem sobre o perispírito, causando bons ou maus efeitos, conforme seja a sua qualidade.
No caso de um espírito encarnado (como nós) o perispírito, por sua vez, irá reagir sobre o organismo físico, com o qual está em completo contato molecular. E, então:
- se os fluídos forem bons, produzirão no corpo uma impressão salutar, agradável;
- se forem fluídos maus, a impressão é penosa, de desconforto.
Se a atuação de fluídos maus, for insistente, intensa e em grande quantidade, poderá determinar desordens físicas (certas moléstias não tem outra causa, senão esta).
Os bons fluídos, ao contrário, podem curar.
Aura
Com os seus pensamentos e sentimentos habituais, o espírito (encarnado ou não) influi sobre os fluídos do seu perispírito e lhes dá características próprias. Está sempre emanando esses fluídos, que o envolvem e acompanham em todos os movimentos.
É a sua aura, a sua “atmosfera individual”.
Na aura do encarnado, a difusão dos campos energéticos que partem do perispírito envolve-se com o manancial de irradiações das células do corpo. NO desencarnado, a aura é resultante apenas das emanações perispirituais.
Conforme o tipo fluídico, as auras se harmonizam ou se repelem.
Sintonia e brecha
Pelo modo de sentir e pensar:
- estabelecemos um ajuste de comprimento de onda vibratória entre nós e os que pensam e sentem igual a nós; ou seja, entramos em sintonia com eles;
- produzimos um certo tipo de fluídos e os espíritos que produzam fluídos semelhantes poderão, então “combinar” seus fluídos com os nossos, pois estabelecemos afinidade fluídica.
Quando oferecemos sintonia e combinação de fluídos para o mal, dizemos que estamos dando “brecha” aos espíritos inferiores.
Vigilância e oração evitam ou corrigem a influência negativa de outros sobre nós ou de nós sobre outrem (aliás é um conselho de Jesus – Orai e Vigiai).
O passe
É uma transmissão voluntária e deliberada de fluídos benéficos, de uma pessoa para outra.
Seu efeito é:
- bom, quando o paciente está receptivo e assimila bem os fluídos transmitidos; daí a necessidade de um preparo prévio da mente, da fé e da oração para estar apto a receber bem o passe;
- duradouro, quando o paciente mantém (pela boa conduta, pensamento e sentimento) o estado melhor que alcançou com o passe.
Se a pessoa não modificar para melhor o seu modo de agir, voltará a sofrer desgaste fluídico e desequilíbrio espiritual. “Não peques mais, para que não te suceda algo pior”. (Jesus, Jô. 4:14.)
Não é justo que fiquemos recebendo passes, que o próximo de boa vontade nos dá, e gastando essas forças, sem responsabilidade, sem nos esforçarmos por manter equilíbrio físico e moral.
Só devemos pedir passe quando não pudermos, por nós mesmos, pelos nossos pensamentos e vontade, prece e atos bons, produzir fluídos melhores para nós mesmos.


Livros consultados:
De Allan Kardec:
- “A Gênese”, cap. XIV, itens 13 a 21.
De André Luiz:
- “Missionários da luz”, cap. XIX.


Extraído do livro Iniciação ao Espiritismo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário